Crítica — As Marvels, um Filme baseado no ideal "Woke" ?

Danilo Medeiros


Opa, Tá na hora de falarmos sobre o novo filme As Marvels que acabou de estrear. Esse filme vem gerando muita polêmica e eu queria dar a minha opinião sincera sobre ele. 

Imagem: As Marvels


Antes de mais nada, acho importante dizer que eu apoio totalmente a ideia de termos mais representatividade nas telas, principalmente no universo da Marvel que faz parte da nossa cultura pop. Ter mais protagonistas femininas e de minorias é algo super válido se a obra obter um resultado final interessante e agradável aos fãs, que são o público alvo. 


Mas nem por isso a gente pode ignorar quando um filme simplesmente não funciona. E infelizmente, é isso que As Marvels parece ter sido: um filme que queria contar uma história importante, mas que acabou não dando certo. 


Vamos por partes: a trama em si é extremamente confusa e sem foco. A gente mal sabe o que tá acontecendo na maior parte do tempo, os vilões são desinteressantes e as personagens principais não tem tanto desenvolvimento. 


Além disso, os efeitos visuais estavam bem aquém do esperado. A Marvel sempre se destacou por fazer filmes espetaculares nesse quesito, mas aqui parecia que eles pouparam orçamento. Até os filmes anteriores da Ms. Marvel tinham uma catitu bem mais caprichada.


Outra coisa que me chamou atenção negativamente foi a direção. Parece que faltou alguém no comando para dar um rumo melhor pra história. A Nia DaCosta parece ter ficado perdida no meio de tantas ideias e a obra acabou sem um protagonismo claro. 


Não ajuda também os amarrinhos na trama que só estavam lá pra empurrar a agenda sem realmente fazer sentido. É claro que a gente quer representatividade, mas forçar a barra desse jeito só atrapalha a narrativa. Parecia que o roteiro foi feito pra bater metas de diversidade ao invés de contar uma boa história.


E o pior de tudo é que, por causa dessa polêmica toda, virou tabu criticar o filme. Qualquer um que aponte os problemas reais é chamado de hater, incel, machista e o escambal. 


Gente, sério, a gente precisa poder analisar todo e qualquer produto cultural de forma isenta, sem levar em conta a agenda por trás. Defender a representatividade é super válido, mas a gente não pode aceitar tudo só por causa disso.


Beleza, vou continuar falando sobre o filme As Marvels aqui mas tentando trazer alguns pontos que ainda não mencionei:


Um aspecto que acho interessante analisar é como cada uma das protagonistas foram retratadas. A Monica Rambeau, por exemplo, teve um desenvolvimento legal da forma como apareceu em WandaVision, mas aqui ficou muito segundo plano, quase nem apareceu. Já a Kamala Khan que é uma personagem em ascensão, poderia ter sido melhor explorada, mas ficou meio genérica. 


Atenção especial deveria ter sido dada pra Nêmesis/Phastos que é a primeira heroína lgbtqia+ do MCU. Seria uma ótima oportunidade pra falar de representatividade de fato, mas reduziram ela a um interesse amoroso sem peso na trama. Ficou aquém do potencial.


Outro ponto que acho válido falar é sobre como as Marvels se relacionam entre si. A química entre as protagonistas parece ter sido pouco explorada, ficando aquém do que poderia ter sido. Uma amizade mais sólida entre elas teria fortalecido o arco emocional do filme.


Vale também comentar sobre a trilha sonora que, na minha opinião, deixou a desejar. Era esperado que trouxesse músicas marcantes como nos melhores filmes da Marvel, mas passou quase despercebida. 


E por fim, gostaria de falar do viés mais social e político inserido. Embora importante, ficou muito superficial e forçado, parecendo que ser inclusivo era mais importante do que contar uma boa história. Isso acaba falhando em ambas as frentes.


Enfim, acho que o filme deixou a desejar em vários pontos que, somados, resultaram numa decepção pra mim como fã. Espero que a Marvel aprenda com os erros e melhore nas próximas produções, principalmente no que diz respeito a representatividade.


E bom, na minha opinião As Marvels foi mais um sinal de que a fórmula da Marvel já está cansada. Eles precisam inovar de verdade nos enredos, personagens e visuais. Espero que esse filme sirva como aprendizado e que as próximas produções sejam mais elaboradas.


A representatividade só vai funcionar de verdade quando for algo orgânico, nascido da qualidade da história em si. Forçar a barra só irá alienar parte do público, inclusive aqueles que possam ter se identificado com a causa se contada melhor. Tomara que eles aprendam com os erros.


E você, o que achou do filme? Concorda ou discorda de algo do que eu falei? Deixa tua opinião nos comentários. Valeu!

Danilo Medeiros
Recém formado em R.H e Administrador da Overcentral Instagram: @danilopablolima
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