Fortnite | De battle Royale Para Plataforma Criativa

Danilo Medeiros



Bem-vindos a este artigo sobre games! Hoje vou dar minha opinião sobre esse modelo de negócios que tem feito tanto sucesso ultimamente, inspirado pelo fenômeno Roblox. 


Como todos sabem, o Roblox faturou impressionantes US$ 2,2 bilhões em 2022, graças a seu modelo único onde os próprios jogadores criam e compartilham jogos dentro da plataforma. Isso gera um fluxo contínuo de novos conteúdos que mantém os jogadores interessados. Além disso, os criadores podem ganhar dinheiro vendendo itens virtuais em seus jogos, incentivando ainda mais a produção de conteúdo. 


Muitos apontam isso como o futuro dos games, e vemos grandes empresas como a Epic, Microsoft e Ubisoft tentando replicar esse sucesso com plataformas como Fortnite, Minecraft e Assassin's Creed Infinity. Será mesmo que esse é o caminho? Na minha opinião há tanto prós quanto contras nessa abordagem.


Por um lado, distribuir a produção de conteúdo entre a comunidade realmente permite manter os jogadores interessados por mais tempo a um custo menor. Além disso, dar poder econômico aos criadores é uma ótima forma de motivar ainda mais a produção. 


Por outro lado, será difícil replicar o fenômeno Roblox, que surgiu de uma combinação única de fatores no momento certo. Grandes empresas podem ter dificuldade em construir uma comunidade tão criativa e fiel. Além disso, depender de jogadores amadores para produzir conteúdo pode levar a problemas de qualidade. 


Outra questão é se os jogadores aceitarão tão facilmente microtransações em plataformas que não foram feitas especificamente para isso, como Fortnite. Já vimos fracassos como o Core que tentaram seguir esse modelo. 


A minha conclusão é que o modelo Roblox é promissor, mas não necessariamente o futuro. Pode funcionar bem para plataformas que nasceram para isso, mas grandes IPs precisarão de abordagens mais cuidadosas. No fim, cada caso é um caso e só o tempo dirá quais estratégias realmente prenderão os jogadores.


O futuro dos games está nas mãos das crianças? Uma análise profunda sobre o impacto das novas gerações de jogadores


No parágrafo acima, toquei apenas na superfície sobre como as crianças têm impulsionado o sucesso de plataformas como o Roblox. Desta vez, resolvi aprofundar minha análise nesse tópico tão relevante. 


Em primeiro lugar, é inegável o quanto empresas vêm focando em atrair cada vez mais o público infantil e juvenil. Isso porque eles representam uma fatia enorme e crescente do mercado - estimativas apontam que crianças entre 6-12 anos já correspondam a quase 50% dos jogadores. 


Além disso, estudos mostram que essa nova geração passa em média 6 horas por dia consumindo conteúdos digitais. Isso garante uma base ativa e fiel de usuários para qualquer plataforma que consiga atraí-los. 


Não à toa, vemos modelos de negócios cada vez mais centrados nesse público, com ênfase em microtransações e itens cosméticos para atraí-los. O sucesso bilionário do Roblox é o exemplo mais evidente, com 89% de seus jogadores com menos de 16 anos. 


Mas será que focar tanto nas crianças é realmente ético? Há quem aponte riscos como vício em jogos, exposição a conteúdos impróprios, excesso de dados coletados e falta de regulamentação sobre como esses dados são usados. 


De fato, organizações como a ONU já vêm discutindo a necessidade de proteção de dados de menores online. E casos como o da YouTube Kids, que expunha vídeos inadequados, mostram que há problemas a serem resolvidos.


No entanto, também há aspectos positivos a considerar. Muitas dessas plataformas acabam desenvolvendo habilidades valiosas nas crianças, como resolução de problemas, criatividade e socialização. 


Além disso, como comentei antes, já temos exemplos de jovens que se tornaram empreendedores de sucesso graças a iniciar cedo nesses ambientes, como no Roblox. Isso pode descobrir futuros talentos.


Será também que devemos reprimir o potencial inovador dessa nova geração? Cabe aos adultos equilibrar a proteção com o incentivo à criatividade infantil. 


De qualquer forma, esse debate está apenas começando. À medida que essas plataformas crescerem, precisaremos repensar constantemente os impactos e como regulá-las de forma equilibrada e ética.


Gostaria de ouvir mais opiniões sobre esse assunto. Deixe nos comentários sua visão sobre o futuro dos games e o papel crucial que as crianças podem desempenhar nele.

Danilo Medeiros
Recém formado em R.H e Administrador da Overcentral Instagram: @danilopablolima
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