Dragon's Dogma 2 Lançado com Microtransações Exorbitantes e Reações Negativas

Danilo Medeiros

O tão esperado RPG Dragon's Dogma 2 finalmente chegou às lojas, sendo recebido com enormes elogios da crítica por sua jogabilidade envolvente e mundo aberto impressionante. No entanto, a recepção dos jogadores tem sido amplamente negativa, devido a um controverso sistema de microtransações recém-revelado.


Assim que os servidores da loja in-game foram ativados, os jogadores se depararam com uma miríade de opções de compras de conteúdo, cujos preços exorbitantes causaram espanto na comunidade. Desde "pedras de vitalidade" que ressuscitam personagens por R$ 6,00, até chaves descartáveis para sair da prisão a um custo igual, as microtransações cobrem funcionalidades básicas que tradicionalmente são gratuitas em jogos single-player premium.


"É simplesmente ridículo o que estamos vendo aqui", declarou patife, um dos principais criadores de conteúdo do jogo no YouTube. "Eles estão vendendo tudo, desde fast travel até a habilidade de editar a aparência do seu personagem. Por R$ 349,00, você esperaria ter acesso completo à experiência."


As reações negativas se espalharam como um incêndio florestal. No serviço de distribuição Steam, Dragon's Dogma 2 foi rapidamente inundado com críticas destruidoras, fazendo o jogo perder a classificação "Muito Positiva" que tinha durante o período de revisão.


Mas o que mais preocupa os jogadores é o impacto dessas microtransações na própria jogabilidade. No caso da prisão, por exemplo, os jogadores precisam ou encontrar uma chave escondida em um vaso ou pagar a quantia exigida para serem soltos. E se não conseguirem nenhuma das opções? Ficarão presos indefinidamente?


"Hoje você pode achar aceitável pagar uma taxa para sair da prisão, mas e amanhã? Eles podem começar a cobrar para abrir tesouros ou acessar novas áreas? Onde fica o limite?", questiona Patife, externando o temor de que essa prática se torne um novo normal predatório na indústria.


A posição da Capcom, empresa responsável pelo desenvolvimento de Dragon's Dogma 2, é ainda mais difícil de engolir. Reconhecida por franquias sólidas como Resident Evil, Monster Hunter e a própria série Dragon's Dogma, a companhia japonesa é veterana e financeiramente estável. Suas motivações por implementar um sistema tão agressivo de microtransações em um jogo premium completo são, no mínimo, questionáveis.


"Como fãs, investimos não apenas dinheiro, mas também tempo e paixão nesses mundos virtuais. Ver publishers sugando cada gota de valor adicional é uma traição à nossa lealdade", critica Silva.


Diante da polêmica, muitos jogadores e criadores de conteúdo têm apelado por um boicote total a essas práticas abusivas de microtransações. Alguns já estão compartilhando dicas para aproveitar Dragon's Dogma 2 sem gastar um centavo além do preço de compra. 


A esperança é que esse caso sirva de lição para que publishers repensem a integridade de suas criações. Afinal, jogos tão bem-produzidos não merecem ter suas experiências manchadas por esquemas mesquinhos de monetização. Para o bem da indústria e dos jogadores, é preciso rejeitar modelos que apenas alimentam a ganância.

Danilo Medeiros
Recém formado em R.H e Administrador da Overcentral Instagram: @danilopablolima
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