Fãs Repudiam Prática de Microtransações em Dragon's Dogma 2
Microtransações Para Tudo
O que era para ser um épico RPG de ação acaba sendo uma decepção para os fãs da série Dragon's Dogma. Dragon's Dogma 2 chegou recheado de microtransações abusivas que cobram por funcionalidades básicas que deveriam fazer parte da experiência completa. É simplesmente um absurdo ter que pagar valores altíssimos para destravar recursos fundamentais.
Os cristais portos que permitem viajar rapidamente pelo vasto mundo aberto são vendidos a preços extorsivos de R$ 15,99 cada um, com limite máximo de apenas 10 portos disponíveis para compra, chegando ao valor estratosférico de R$ 159,90. Como assim ter que desembolsar esse valor apenas para ter acesso a uma mecânica padrão de jogos open-world?
Mas não para por aí. Até renascer após a morte do seu personagem tem uma taxa abusiva de R$ 5,50 cobrada por vez que utilizar a "vitalita". E caso você não esteja satisfeito com a aparência criada inicialmente, vai ter que pagar R$ 11,11 no item "Arte da Metamorfose" para poder editá-la. Uma piada de mau gosto da Capcom.
A Desculpa Esfarrapada
A desenvolvedora alega que essas escolhas questionáveis visam tornar a experiência mais desafiadora, forçando os jogadores a explorarem mais o mundo aberto ao remover recursos como fast travel. Mas essa desculpa não se sustenta, pois fica muito claro que o verdadeiro e único objetivo por trás é criar pontos de venda para constantemente arrancar mais dinheiro dos fãs.
Se realmente quisessem um jogo mais desafiador, não disponibilizariam a opção de simplesmente pagar para ter acesso aos mesmos atalhos que removeram inicialmente. É uma contradição absurda que expõe as reais intenções gananciosas da Capcom. Nada mais é do que uma desculpa esfarrapada tentando maquiar a prática de vender conteúdo básico como microtransações.
Gráficos e Otimização Precários
Além do escândalo das microtransações abusivas, Dragon's Dogma 2 também está decepcionando muito na qualidade técnica. O jogo sofre com péssimos problemas de otimização, exigindo placas de vídeo absurdamente potentes como a RTX 4090 para conseguir rodar em 60 FPS no PC. Nos consoles a situação também não é das melhores.
Os gráficos estão muito aquém do que se esperaria de uma produção AAA atual, especialmente considerando os ótimos visuais que o primeiro jogo da franquia oferecia. É nítido que houve um foco desproporcional da Capcom em implementar sistemas de monetização constantemente sugando dinheiro dos jogadores, em detrimento de investir na qualidade técnica e artística do jogo.
Decepção para os Fãs
Como fã desde o lançamento de Dragon's Dogma em 2012, não posso deixar de lamentar profundamente o caminho que a sequência desta franquia tão promissora está tomando. É uma decepção ver todo o potencial construído com ótimas críticas e boa recepção do primeiro jogo sendo desperdiçado de maneira tão descarada.
A decisão de simplesmente abandonar um sistema de fast travel decente, uma mecânica básica e quase obrigatória em jogos open-world nos dias de hoje, apenas com a desculpa furada de empurrar microtransações, é um movimento baixo e desonesto da Capcom para com seus fãs. Os jogadores merecem muito mais respeito do que isso.
Pior ainda é a hipocrisia da empresa em disponibilizar a venda desses mesmos atalhos e conveniências que dizem ter removido para proporcionar uma experiência mais desafiadora e focada na exploração. Se era para ser tão desafiador assim, por que facilitar tudo ao fazer o jogador pagar pelo que removeram inicialmente? É uma grande contradição que desmascara as verdadeiras intenções por trás.
Não Dá Para Defender
Não adianta alguns influenciadores e criadores de conteúdo tentarem passar pano quente, fingindo que "não tem problema, é opcional". Esse tipo de mentalidade que normaliza e banaliza práticas abusivas não pode ser aceita. Se os jogadores não se manifestarem repudiando esses abusos, só estarão incentivando as empresas a cruzarem limites cada vez mais.
Os fãs fiéis que compraram Dragon's Dogma 2 na esperança de uma boa sequência da franquia estão sendo tratados como verdadeiras vacas leiteiras pela Capcom. Este é um caso clássico de ganância predatória de uma grande empresa, que prefere priorizar sistemas de monetização constante ao invés de entregar uma boa experiência aos consumidores.
A menos que vozes se levantem em peso contra esse tipo de prática, as microtransações abusivas só tendem a piorar nos próximos lançamentos da indústria. É hora de mostrarmos que não vamos mais aceitar ser tratados dessa forma pelas publicadoras.
Então não, não dá para defender Dragon's Dogma 2 da maneira deploprável como se encontra. A Capcom errou feio em sua abordagem e precisa rever com urgência os rumos que está tomando com essa franquia. Um jogo tão promissor, aguardado por mais de uma década pelos fãs, não merecia ser arruinado por essa sede desmedida de lucros.
Os jogadores precisam se manifestar, fazendo suas vozes serem ouvidas em repúdio a essas práticas abusivas de venda de conteúdo básico como microtransações. Só assim as empresas aprenderão que não podemos mais aceitar esse tipo de tratamento distorcido e ganancioso.
A Capcom tem uma última chance de corrigir o caminho, removendo todas essas microtransações do jogo e focando em entregar a melhor experiência possível, como prometida antes do lançamento. Caso contrário, Dragon's Dogma 2 infelizmente entrará para a história como mais um caso lamentável de um ótimo jogo sendo arruinado pela ganância excessiva de sua publicadora. Essa não é a homenagem que essa franquia merecia.