WB Montreal (Gotham Knights) está trabalhando com Monolith Studios no jogo "Mulher Maravilha"

Danilo Medeiros

Depois de muita especulação e um longo silêncio, finalmente temos algumas notícias quentes sobre o tão esperado jogo AAA da Wonder Woman em mundo aberto! De acordo com rumores recentes, parece que longe de estar abandonado, o projeto ainda está sendo ativamente desenvolvido pela veterana Monolith Productions. E não é só isso! A WB Games Montreal, a mesma equipe por trás do muito criticado e polêmico Gotham Knights, também estaria trabalhando em conjunto com a Monolith neste ambicioso título de super-heroína.



O Gênero Saturado dos Super-Heróis nos Jogos e Cinemas


Enquanto o gênero de super-heróis parece estar completamente saturado e desgastado tanto nas telonas de cinema (veja os recentes fracassos de bilheteria dos lançamentos da Marvel e DC) quanto na indústria de jogos (estamos olhando para você, Suicide Squad), a gigante Warner Bros. não parece disposta a parar de tentar sugar até a última gota do que um dia foi sua maior e mais lucrativa vaca leiteira.


O Trunfo da Renovada Nemesis Divina


A revelação de que as duas empresas estão co-desenvolvendo Wonder Woman veio diretamente de um anúncio de vaga no site oficial da WB Games Montreal. Eles estão procurando um novo Líder de Equipe de Programação Gráfica para supervisionar uma equipe...da Monolith Productions trabalhando no projeto Wonder Woman! Isso confirma que os dois estúdios estão colaborando neste potencial blockbuster AAA.


Mas será que os fãs devotos da Princesa Amazona deveriam comemorar por ter a WB Games Montreal a bordo? Afinal, o derradeiro jogo desta empresa foi o desastroso Gotham Knights, um título AAA caro que claramente carecia de polimento, substância e claramente falhou em quase tudo que tentava fazer (a não ser que o objetivo deles era criar uma celebração literária ao tédio, nesse caso foi um estrondoso sucesso). O jogo lançou claramente inacabado, com um estado técnico duplamente duvidoso e repleto de bugs.


Por outro lado, os veteranos da Monolith Productions demonstram ter muito mais prestígio e experiência com títulos de qualidade. Eles ostentam um currículo de respeito, com nomes em letras douradas como F.E.A.R., Condemned, No One Lives Forever e os aclamados jogos da série A Terra-Média: A Sombra de Mordor e A Sombra da Guerra. É justamente desses dois últimos títulos que o novo jogo Wonder Woman pegará emprestado e irá implementar o amplamente elogiado Sistema Nemesis.


Para os que não estão familiarizados, o Sistema Nemesis é um incrível sistema de jogo que permite criar rivalidades persistentes e dinâmicas entre os NPCs inimigos e o próprio jogador. Inimigos que conseguirem derrotar o personagem do jogador ganham promoções hierárquicas nas fileiras inimigas e mudam de comportamento (um monstro arrogante que te venceu pode passar a zombar e debochar de você nos próximos confrontos). É um sistema verdadeiramente inovador que adiciona uma camada a mais de desafio e imprevisibilidade aos combates.


A Nemesis é na verdade uma marca registrada da Warner Bros, e muitos fãs já se perguntaram por que essa mecânica genial não foi explorada ainda mais em outros títulos da editora, já que ela parece perfeitamente adequada para jogos de mundo aberto focados em super-heróis poderosos enfrentando legiões de inimigos. Se bem implementada, a Nemesis pode certamente trazer uma experiência muito mais envolvente e desafiadora para os jogadores de Wonder Woman.


No fim das contas, apesar das preocupações válidas sobre os antecedentes da WB Games Montreal, ter o talentoso time da Monolith liderando o desenvolvimento e implementando um dos seus maiores sucessos criativos pelo menos traz alguma esperança para este jogo tão aguardado. No momento não há uma data oficial de lançamento para o jogo solo em mundo aberto da Mulher Maravilha, mas esperamos que mais detalhes venham à tona em breve.


Especulações sobre a história/enredo


É difícil prever exatamente que tipo de narrativa e arco o jogo da Mulher Maravilha irá explorar. Sendo uma heroína que transita entre os mundos, tanto o mítico reino das Amazonas em Themyscira quanto o mundo dos humanos "patriarcais" podem servir de palco para as aventuras de Diana Prince.


Uma possibilidade é vermos a Princesa Amazona deixar sua ilha natal pela primeira vez e ter que lidar com a dura realidade e imperfeições do mundo dos humanos. Sua busca por trazer paz, amor e uma sociedade melhor poderia entrar em choque com vilões clássicos representando o pior da humanidade.


Certamente grandes nomes do panteão de inimigos da Mulher Maravilha nas HQs não podem faltar, como a traiçoeira feiticeira Circe, a terrível caçadora Cheetah, ou até mesmo o próprio Deus da Guerra Ares manipulando conflitos por trás das cortinas. O perigoso Dr. Psico, uma mente brilhante consumida pela loucura e misoginia, também seria um adversário adequado para desafiar os ideais de Diana.


Seja qual for o rumo narrativo, é esperado que a dualidade entre a natureza divina superior da Mulher Maravilha e seus laços com a humanidade comum seja um tema central a ser explorado. Como uma heroína quase onipotente pode se relacionar e proteger um mundo tão pequeno e imperfeito? Esse é o tipo de conflito interno que certamente rendering muito peso dramático a ser explorado.


Expectativas de gameplay/mecânicas


Além da já confirmada implementação do aclamado Sistema Nemesis da Monolith Productions, os fãs certamente têm grandes expectativas de que outras mecânicas e sistemas de gameplay inovadores sejam trazidos para o jogo da Mulher Maravilha.


Como uma heroína dotada de força descomunal, velocidade sobre-humana, resistência inigualável e até mesmo a capacidade de voar, o sistema de combate terá que ser criteriosamente projetado. Os controles precisarão transmitir um real sentimento de empoderamento ao jogador, ao mesmo tempo proporcionando desafios para evitar que as batalhas se tornem monótonas.


Uma possibilidade seria combates espetaculares em larga escala, onde Diana possa demolir estruturas, arremessar tanques e até mesmo criar crateras com seus super-socos. Mas inimigos comuns não poderiam simplesmente servir como sacos de pancada. A inteligência artificial e o comportamento dos inimigos também precisariam evoluir para se adequar a esse nível de ameaça.


O elemento de exploração em mundo aberto também é algo que os fãs esperam que seja primoroso. Themyscira e outras locações inspiradas na mitologia grega poderiam oferecer vistas deslumbrantes e desafios de plataforma e progressão únicos. Já os ambientes urbanos atuais serviriam para realmente mostrar o contraste de poder da Mulher Maravilha.


Muitos também especulam como funcionaria um potencial sistema de progressão e desenvolvimento de habilidades para uma heroína que já nasce極amiplamente poderosa. Talvez selos, armaduras ou relíquias possam ser encontradas para desbloquear novos movimentos e camadas extras de poder.


No geral, as expectativas são enormes para que o jogo traga inovações de gameplay condizentes com o conceito de uma das heroínas mais icônicas dos quadrinhos. Apenas repetir fórmulas genéricas de mundo aberto certamente decepcionaria muito público.


Conexões com outros produtos da DC


Sendo uma das figuras mais proeminentes do universo DC Comics, é difícil imaginar que o jogo da Mulher Maravilha não terá algum tipo de conexão ou tie-in com outros produtos e mídias da editora.


A forma mais óbvia seria incluir participações especiais ou até mesmo arcos narrativos cruzados envolvendo outros membros icônicos da Liga da Justiça. Ter Superman, Batman, Aquaman, Ciborgue e outros heróis interagindo com Diana de alguma forma certamente agradaria os fãs.


Além disso, o jogo poderia servir como uma ponte para estabelecer um universo compartilhado de jogos da DC Games, muito parecido com o que a Marvel tem feito com títulos como Spider-Man, Guardiões da Galáxia e os futuros jogos dos Vingadores e Wolverine.


Essa abordagem transmidiática permitiria que a história do jogo fosse conectada e tivesse impactos em outras mídias como HQs, filmes, séries e até mesmo outros jogos. Por exemplo, derrotas sofridas pela Mulher Maravilha contra algum vilão poderiam render novas edições especiais nos quadrinhos.


Entretanto, uma pergunta que permanece é se a Warner Bros optará por fazer de Wonder Woman um jogo único e completo, ou se estará plantando as sementes para desenvolver uma experiência de jogo como serviço (games as a service). Esta segunda abordagem permitiria adicionar conteúdo recorrente e expansões por anos após o lançamento.


Independentemente do modelo de negócios escolhido, é quase certeza que os executivos da DC e Warner Bros estarão muito focados em capitalizar esse projeto com conexões para outros produtos. Afinal, falamos de uma das maiores marcas da cultura pop mundial.


Análise da indústria/mercado


Nos últimos anos, a indústria de jogos tem visto uma verdadeira enxurrada de títulos baseados em super-heróis, especialmente vindos dos gigantes editores Marvel e DC Comics. Muitos desses games tiveram grande sucesso crítico e comercial, como os recentes Spider-Man e Marvel's Guardians of the Galaxy. Entretanto, também houveram fracassos retumbantes que serviram de alerta.


Títulos como Marvel's Avengers e o recém-lançado Suicide Squad: Kill the Justice League claramente decepcionaram em vendas e na recepção dos fãs. Esses tropeços apontam que o público está ficando cada vez mais exigente e seletivo, não bastando apenas um universo conhecido para vender milhões de cópias.


É nesse cenário desafiador que o tão aguardado jogo da Mulher Maravilha precisará se firmar. Como um dos poucos grandes games da DC em desenvolvimento, muito estará em jogo (sem trocadilhos) para determinar os rumos futuros dos esforços da empresa nesse mercado bilionário.


Uma estreia de sucesso pode abrir as portas para muito mais investimentos em adaptações dos quadrinhos para os videogames. Mas um fracasso poderia por tudo a perder novamente e fazer a DC Games desistir ou mudar drasticamente de estratégia.


Além disso, Wonder Woman terá de conseguir se destacar e se diferenciar não apenas dos outros jogos de super-heróis, mas também dos títulos de mundo aberto em geral, que já se tornaram uma fórmula bem estabelecida.


Os olhares certamente estarão muito voltados para o desempenho comercial e crítico deste game. Afinal, uma das maiores heroínas dos quadrinhos merece nada menos que uma experiência AAA de primeira linha. Seja qual for o nível de qualidade atingido, Wonder Woman pode seracriteriosamente lembrado como um marco importante para o futuro dos jogos da DC.


Não há dúvidas de que muitas expectativas e olhares estarão voltados para o desempenho do tão aguardado jogo da Mulher Maravilha. Como um dos poucos grandes representantes da DC Comics nos videogames atualmente, este título carregará o enorme fardo de provar que a editora ainda é capaz de produzir experiências AAA de qualidade nesse mercado bilionário.


Felizmente, com a experiente Monolith Productions liderando o desenvolvimento e implementando seu inovador Sistema Nemesis, há boas razões para os fãs terem esperança. Esse sistema dinâmico de rivalidades com inimigos inteligentes pode trazer uma camada a mais de desafio e imprevisibilidade aos combates contra as legiões de vilões.


Mas o jogo terá que se superar em várias outras frentes também. A narrativa precisará fazer jus à riqueza mitológica e dilemas internos da Princesa Amazona Diana. Os sistemas de batalha terão que transmitir todo o empoderamento e espetacularidade de suas habilidades sobre-humanas. E o vasto mundo aberto a ser explorado demandará locações deslumbrantes e criativas.


Além disso, ficam as dúvidas sobre como Wonder Woman se integrará aos outros produtos da DC, se contará com participações de outros heróis da Liga da Justiça, e se estará pavimentando o caminho para uma plataforma de jogos como serviço ou será uma experiência única.


Não resta dúvida de que os olhares da indústria e do público estarão muito voltados para este lançamento. Ele pode influenciar diretamente os rumos e investimentos futuros da DC Comics nos videogames. Um sucesso pode impulsionar ainda mais adaptações dos quadrinhos, enquanto um fracasso pode fazer a empresa desistir ou mudar radicalmente de estratégia.


De uma forma ou de outra, Wonder Woman tem o peso de precisar se firmar e se destacar em um mercado cada vez mais saturado de super-heróis e mundos abertos. Seja lá qual for o resultado final, certamente este será lembrado como um marco e divisor de águas importante para os games baseados nas HQs da DC. Que a Mulher Maravilha tenha sua incrível força e determinação para corresponder a esse grande desafio.

Danilo Medeiros
Recém formado em R.H e Administrador da Overcentral Instagram: @danilopablolima
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