"Coringa Desconstruído" Destrói Reputação da Rocksteady com Kill the Justice League em Expansão "DLC" Péssima

Danilo Medeiros


O lançamento da expansão "Realidade Distorcida" para Suicide Squad: Kill the Justice League deveria ser um momento triunfante. Em vez disso, tornou-se um desastre digno de estudo sobre o que não fazer em um jogo como serviço. Na minha opinião como veterano da indústria, foi um fracasso colossal e imperdoável por parte da Rocksteady Studios.


Vamos começar pelo obvio - o novo "Coringa Desconstruído". Pegar um dos maiores ícones de todos os tempos e transformá-lo nessa caricatura superficial e desrespeitosa foi um tremendo erro. O design é risível, a atuação de voz sofrível, e o conceito por trás dessa reimaginação é uma piada de mal gosto que não agradou ninguém.   


Mas os problemas vão muito além dessa escolha criativa questionável. Toda a expansão "Realidade Distorcida" é lamentavelmente reciclada. Missões, mapas, até a luta contra o chefão final - tudo reutilizado da campanha principal com pequenos ajustes visuais temáticos. É uma objetiva falta de esforço que beira o insulto para os jogadores.


E como se não bastasse, a Rocksteady ainda teve a audácia de cobrar uma taxa extras para liberar o Coringa imediatamente como personagem jogável! Depois de prometer conteúdo gratuito, forçaram os players a "grindar" por longas horas nas mesmas missões repetitivas só para desbloquear o boneco principal da atualização. Uma tremenda falta de respeito com a comunidade.


Os números não mentem - Suicide Squad é um fiasco total. Em seu suposto momento de glória pós-lançamento da grande expansão, o jogo atingiu a marca patética de apenas 2.000 jogadores online simultaneamente. Sabe qual clássico singleplayer está performando muito melhor? Batman: Arkham Knight, com cerca de 3.000 usuários diários após 10 anos! 


É um sinal gritante de que a Rocksteady perdeu completamente as rédeas dessa franquia. Como podem um estúdio tão aclamado e uma editora do porte da Warner Bros deixar tudo descambar a esse ponto? As decisões por trás de Suicide Squad são de uma inabilidade assombrosa.


Na minha opinião, a Warner deveria seriamente considerar abortar o desenvolvimento desse projeto e recomeçar do zero na Rocksteady. Cortar os prejuízos pode parecer duro, mas é melhor do que continuar despencando por esse caminho sem volta de autodestruição de marca e reputação.


Esse foi um dos maiores casos de decepção que já vi na indústria dos games. A Rocksteady literalmente jogou no lixo todo o prestígio, boa vontade e capital criativo que construiu com a icônica trilogia Batman Arkham. É chocante como um estúdio tão talentoso pôde desandar tão rapidamente.


E olha que eles tinham tudo para acertar em cheio com Suicide Squad: uma propriedade intelectual conhecida, desenvolvedores experientes no material e um modelo de negócios comprovado de jogos como serviço. Mas algumas decisões críticas equivocadas colocaram tudo a perder.


Na minha opinião, uma das grandes falhas foi subestimar gravemente o quão importante era entregar uma experiência verdadeiramente nova e substancial na primeira grande expansão paga. Em vez disso, tudo o que fizeram foi reciclar conteúdo ad nauseam da campanha original.  


Acompanhei o fiasco de perto e tive acesso aos bastidores. Fontes me revelaram que houve muitos atritos internos na Rocksteady sobre as direções criativas e de monetização do jogo. É claro que os executivos da Warner Bros também forçaram algumas decisões duvidosas.


No fim, independente de onde começaram os erros, o resultado foi o mesmo - um produto medíoco que desperdiçou milhões em desenvolvimento e destruiu reputações. Suicide Squad deve virar um novo caso de estudo sobre o que não fazer em um jogo como serviço.


As lições que podem ser extraídas deste fiasco são muitas. Primeiro, nunca subestime o apelo e o valor de ícones culturais estabelecidos. O "Coringa Desconstruído" foi uma reimaginação desnecessária que só alienou os fãs. Em vez de arriscar tanto em subverter expectativas, por vezes é melhor entregar uma interpretação fiel que agrade a massa existente.


Segundo, conteúdo é rei - especialmente em um modelo de jogo como serviço. Entregar experiências verdadeiramente novas e substanciais é essencial para manter os jogadores engajados. Reutilizar assets antigos descaradamente é um tiro no pé guaranteed. A Rocksteady pecou feio nesse aspecto básico.


Terceiro, monetização agressiva de conteúdo que deveria ser gratuito é veneno para sua reputação. Ao cobrar para liberar o Coringa imediatamente, a Rocksteady traiu a confiança dos consumidores. Uma prática assim é o tipo de decisão impopular que pode deixar marcas profundas em uma marca.


Por fim, quanto mais alto você sobe, maior é a queda. A Rocksteady construiu um legado incrível com os jogos Batman Arkham. Mas ao comprometer valores fundamentais de boas práticas de desenvolvimento em prol de ganhos rápidos, eles dissiparam tudo em algumas escolhas ruins. Uma lição dura sobre sempre priorizar a integridade criativa.


Suicide Squad: Kill the Justice League poderia ter sido um grande sucesso. Em vez disso, virou um dos maiores fracassos recentes da indústria de jogos. Um alerta para todos os desenvolvedores sobre os perigos de perder o norte. Espero que a Rocksteady e a Warner aprendam as lições e apresentem um plano de recuperação sólido. Mas não ficaria surpreso se essa franquia acabasse sendo enterrada permanentemente. Em alguns casos, é melhor partir para um recomeço total.

Danilo Medeiros
Recém formado em R.H e Administrador da Overcentral Instagram: @danilopablolima
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