Entenda o Verdadeiro Final de Os Observadores (2024)

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Entenda o Verdadeiro Final de Os Observadores (2024)
Entenda o Verdadeiro Final de Os Observadores (2024)


O filme Os Observadores (The Watchers, 2024), dirigido por Ishana Night Shyamalan, filha do renomado diretor M. Night Shyamalan, tem gerado grande curiosidade tanto pela expectativa em torno do legado familiar quanto pelo enredo que mistura fantasia e terror. Antes de mergulharmos no desfecho e destrinchar o que realmente acontece no final do filme, vamos passar brevemente pela trama para contextualizar os elementos principais e entender as nuances que fazem toda a diferença na interpretação.


A Jornada de Mina e o Início do Mistério


Logo no início, somos apresentados a Mina, uma personagem que vive com um forte sentimento de culpa por um acidente que resultou na morte de sua mãe, há 15 anos. Ela mantém um relacionamento distante com sua irmã e trabalha em um pet shop, em uma rotina que parece desconectada do mundo. O primeiro sinal de que algo estranho pode acontecer é quando ela faz uma entrega de um pássaro que repete a enigmática frase: "Tente sobreviver essa noite".


O que parece ser uma entrega comum se transforma rapidamente em uma jornada assustadora quando seu carro quebra em uma floresta densa e misteriosa. Ao vagar por essa floresta, Mina encontra uma senhora chamada Madeline, que logo se revela uma figura central no filme. É ela quem começa a explicar as regras desse novo e bizarro universo que Mina passa a habitar.


A partir desse momento, Os Observadores entra em uma trama que mistura sobrevivência, seres fantásticos e mitologia irlandesa. Porém, é importante entender que, diferente das expectativas de muitos, o filme não entrega um grande plot twist como os trabalhos mais famosos de M. Night Shyamalan. A intenção aqui é outra: a construção de uma atmosfera mística, que vai se desenvolvendo em várias camadas de fantasia e terror leve.


O Papel dos "Observadores" e as Regras do Jogo


Madeline revela que o grupo está sendo vigiado por entidades misteriosas, os "Observadores", e que eles precisam seguir determinadas regras para sobreviver. Essas entidades aparentemente esperam que os personagens ajam de forma específica, e isso coloca Mina e os outros em uma situação de constante tensão. Aqui, a presença de criaturas como as "fadas" — uma alusão direta ao folclore irlandês — adiciona uma camada de estranheza ao filme, além de dar o tom de fantasia.


No entanto, o verdadeiro conflito começa a emergir com a chegada do inverno e a escassez de recursos. As tensões aumentam entre os personagens, especialmente entre Daniel e Madeline. Daniel se rebela e deixa Mina e Madeline à mercê dos Observadores, desencadeando uma série de eventos que revelam segredos profundos sobre a natureza dessas entidades e os mistérios da floresta.


Revelações e o Bunker do Pesquisador


Durante a fuga, o grupo acaba descobrindo um alçapão, que os leva a um bunker que outrora pertenceu a um pesquisador. Esse bunker contém gravações e pesquisas sobre as fadas, dando mais clareza ao enredo. O pesquisador, assim como Madeline, estudava essas criaturas em seu habitat natural, e suas descobertas são cruciais para entender o que realmente está acontecendo.


Nas gravações, ele menciona um lugar chamado "País das Maravilhas", que seria o núcleo onde as fadas vivem. Também ficamos sabendo que esse pesquisador tinha conseguido domar uma dessas fadas, algo que ninguém mais havia feito. Mas o que isso significa para o desenrolar da trama? Qual o papel dessas criaturas no destino de Mina e dos demais personagens?


A Revelação sobre as Fadas e o Legado da Guerra


As descobertas no bunker ampliam o entendimento sobre as fadas e sua relação com os humanos. Madeline, que já havia mencionado ser uma pesquisadora, revela mais detalhes sobre a guerra que aconteceu no passado entre os humanos e as fadas. Antes do conflito, essas criaturas viviam em harmonia com os humanos, sendo tratadas quase como deuses ou espíritos guardiões da floresta. No entanto, a guerra trouxe uma maldição sobre as fadas, que foram condenadas a viver no subsolo, incapazes de caminhar sob o sol e desprovidas de suas asas mágicas.


Esse histórico ressoa profundamente com a trajetória dos personagens, especialmente no que diz respeito a Madeline. Ficamos sabendo que ela esconde mais segredos do que parecia à primeira vista, e esses segredos vão influenciar diretamente o destino de todos que estão ali tentando sobreviver. O fato de as fadas estarem presas por um selo mágico na floresta também sugere que algo muito maior está em jogo, algo que vai além da simples sobrevivência.


O Plano de Fuga e a Revelação do Halfling


Com as informações obtidas no bunker, Mina e os outros finalmente encontram uma rota de fuga que poderia levá-los para fora daquela floresta infernal. A ideia é seguir até um lago, pegar um barco e escapar daquele local amaldiçoado, exatamente como o pesquisador sugeriu em suas gravações. No entanto, nem todos conseguem sair.


Daniel, que já estava em conflito com o grupo, é o primeiro a sucumbir à ameaça crescente dos Observadores e das fadas. Seu destino trágico serve como um aviso do que pode acontecer com aqueles que tentam desrespeitar as regras que regem aquele estranho universo. As três mulheres restantes — Mina, Madeline e Kiara — seguem em frente, carregando o fardo de tudo o que aprenderam até ali.


Em meio à fuga, Madeline revela uma informação crucial: Kiara não é apenas uma humana comum. Na verdade, ela é um halfling — uma criatura híbrida, fruto da união entre fadas e humanos. Esse fato altera toda a dinâmica do grupo, especialmente porque os halflings eram considerados extintos segundo as pesquisas do professor. Essa revelação dá ao filme uma nova camada de complexidade, conectando os personagens diretamente com o conflito entre as fadas e os humanos.


A Virada Final: A Identidade de Madeline


Quando o grupo finalmente chega ao ponto de fuga, as revelações não param por aí. O filme chega ao seu clímax quando Mina descobre que Madeline não é apenas uma pesquisadora que sobreviveu por anos naquele ambiente hostil. Na verdade, ela é muito mais do que isso — ou, para ser mais exato, não é quem diz ser.


Em uma virada surpreendente, descobrimos que Madeline já havia morrido anos atrás e que a criatura que eles conheciam era, na verdade, uma fada disfarçada. As fadas têm o poder de simular a aparência de pessoas mortas, e foi exatamente isso que aconteceu com Madeline. O pesquisador, em um ato de desespero e saudade, treinou uma fada para assumir a aparência de sua falecida esposa. Essa revelação muda completamente a percepção do público sobre as intenções de Madeline ao longo do filme.


O plot twist, embora sutil, é impactante por sua carga emocional. Madeline, ou melhor, a fada que assume sua identidade, tinha como objetivo escapar daquela prisão e encontrar seu lugar no mundo, o que a conecta diretamente ao conceito de redenção e liberdade, temas que permeiam a história desde o início.


O Sacrifício e o Desfecho Ambíguo


No momento decisivo, quando a verdade sobre Madeline é revelada, a tensão atinge seu ápice. A fada, que assumiu a forma de Madeline, enfrenta um dilema: continuar sua missão de vingança contra os humanos ou aceitar sua nova condição de halfling, uma criatura que pertence tanto ao mundo humano quanto ao das fadas.


Enquanto isso, Mina precisa lidar com suas próprias questões internas. A culpa que carregou durante toda a sua vida agora se entrelaça com o dilema moral de como lidar com Madeline. O filme caminha para uma resolução que, embora não seja convencional, traz uma reflexão profunda sobre aceitação e transformação.


No desfecho, Madeline, em um último gesto, decide não exterminar Mina, mas sim deixá-la viver, simbolizando um rompimento com o ciclo de ódio e vingança que havia marcado a relação entre fadas e humanos. As asas que brotam das costas de Madeline no final, quando ela finalmente se revela como uma halfling, simbolizam sua ascensão a um estado superior, uma criatura que transcende tanto o papel de fada quanto o de humana.


Reflexões Sobre o Final e a Mitologia Irlandesa


O final de Os Observadores deixa muitas questões em aberto, mas é justamente isso que o torna interessante. O filme se afasta das respostas fáceis e dos finais fechados, optando por um desfecho mais ambíguo e reflexivo. A presença das fadas, o peso da mitologia irlandesa e a conexão com as lendas sobre o povo das colinas trazem uma camada de profundidade ao filme, que vai além do simples terror.


É importante destacar que Os Observadores se apoia fortemente em elementos do folclore irlandês, e entender esse contexto cultural pode enriquecer a experiência de assistir ao filme. A crença em fadas ainda é algo forte em algumas regiões da Irlanda, e o filme captura esse espírito de maneira delicada e respeitosa, oferecendo uma narrativa que mistura o fantástico com o real.

A Simbologia das Fadas e o Legado de Os Observadores


O desfecho de Os Observadores não é apenas uma conclusão da trama dos personagens, mas também uma metáfora sobre a coexistência entre o passado místico e o presente racional. As fadas, representações mitológicas do folclore irlandês, trazem consigo não apenas um temor ancestral, mas também uma profunda ligação com a natureza e o ciclo da vida e morte. A figura da fada que assume o rosto de Madeline é, nesse sentido, uma personificação do dilema entre dois mundos: o humano e o sobrenatural.


Ao revelar que Madeline é na verdade uma fada disfarçada, o filme não apenas subverte as expectativas sobre sua verdadeira identidade, mas também levanta questões sobre a natureza da humanidade. As fadas, que antes eram reverenciadas como espíritos guardiões da terra, foram relegadas ao submundo e perderam suas asas — um símbolo de liberdade e poder. O momento em que as asas de Madeline voltam a crescer simboliza sua libertação dessa maldição, mas também sua ascensão a um novo estado de ser, onde ela não precisa mais se esconder.


Essa libertação não ocorre apenas em um nível individual para Madeline. A descoberta de que Kiara é um halfling — uma mistura de fada e humano — reforça a ideia de que a união entre essas duas raças, antes inimigas, é possível. Kiara representa uma ponte entre dois mundos que, até então, viviam em conflito, e sua existência sugere uma possibilidade de reconciliação.


A Ambiguidade Moral: Fadas e Humanos


Outro ponto que o filme trabalha muito bem é a ambiguidade moral das fadas e dos humanos. Em muitos momentos, Os Observadores evita pintar as fadas como vilãs simples ou os humanos como heróis absolutos. Ao invés disso, há um equilíbrio de culpa e responsabilidade compartilhada por ambos os lados. As fadas, que inicialmente eram tratadas como divindades, acabaram se rebelando contra os humanos quando sua harmonia foi quebrada, mas sua crueldade também é uma resposta direta à violência que sofreram.


O filme não tenta justificar as ações das fadas, mas também não condena completamente os humanos. O conflito entre essas duas espécies é retratado como uma consequência de erros de ambos os lados, o que torna o embate muito mais humano e realista, apesar do contexto fantástico. Essa dualidade moral é uma das maiores forças de Os Observadores, criando uma história que desafia o espectador a refletir sobre o que é certo ou errado em situações extremas.


A Nova Perspectiva de Mina


Ao longo do filme, Mina passa por uma jornada de transformação. No início, ela é consumida pela culpa pelo acidente que matou sua mãe e pela distância emocional de sua irmã. No entanto, sua experiência na floresta, confrontada com fadas, observadores e segredos antigos, a força a repensar seu papel no mundo e sua relação com o passado.


No final, quando ela decide seguir as instruções do professor e destruir as pesquisas sobre as fadas, Mina assume uma postura ativa e corajosa. Ela reconhece o perigo que essas informações podem representar se caírem nas mãos erradas, mas também entende que a destruição não é uma solução para todos os problemas. Sua decisão de respeitar o pedido do professor é um reflexo de sua própria jornada interna de aceitação e responsabilidade.


O Papel da Irlanda na Narrativa


Um dos elementos mais marcantes de Os Observadores é a forma como a ambientação na Irlanda desempenha um papel fundamental na construção da atmosfera e do enredo. O folclore irlandês é um dos mais ricos do mundo quando se trata de lendas sobre fadas, e o filme utiliza esses elementos de maneira brilhante para criar um universo ao mesmo tempo familiar e misterioso. 


A escolha de Galway como cenário não é acidental. A região é conhecida por suas paisagens deslumbrantes, mas também por seu misticismo, com muitos irlandeses ainda acreditando em antigos "fortes de fadas" — formações circulares de árvores que, segundo as lendas, são habitadas por essas criaturas mágicas. A conexão com essas crenças locais torna o filme mais autêntico e ressonante, especialmente para um público familiarizado com o folclore irlandês.


Além disso, a ideia de alterar o curso de estradas para evitar os locais onde se acredita que fadas vivam, como mencionado anteriormente, é uma prática real em algumas áreas da Irlanda. Essa reverência pela natureza e pelas antigas lendas é algo que Os Observadores captura de maneira sutil, mas poderosa, conferindo ao filme um senso de realismo fantástico que se mistura perfeitamente com o tom místico e sobrenatural da história.


Conclusão: O Final de Os Observadores Explicado


No final, Os Observadores se destaca como uma obra mais voltada para o gênero da fantasia do que do terror. Embora haja momentos de suspense e cenas que tentam evocar medo, o filme está mais interessado em explorar a mitologia e os dilemas morais de seus personagens do que em criar sustos imediatos. 


A revelação de que Madeline era uma fada disfarçada e que Kiara era um halfling coloca a trama em uma nova perspectiva. Ao invés de um simples jogo de sobrevivência contra criaturas malignas, o filme passa a ser uma história sobre reconciliação, descoberta e, principalmente, aceitação do passado. As fadas, longe de serem meros monstros, são representações de algo muito mais profundo — a conexão ancestral entre o humano e o divino, entre o natural e o sobrenatural.


Para aqueles que esperavam um final bombástico ou um plot twist no estilo de M. Night Shyamalan, o filme pode parecer anticlimático. No entanto, para quem entra na história com a mente aberta para uma narrativa mais fantasiosa e reflexiva, Os Observadores oferece uma experiência rica em camadas e simbolismos, que se revela mais gratificante quanto mais se reflete sobre ela.


Em última análise, o final de Os Observadores é sobre a reconciliação dos mundos e a aceitação de que nem tudo pode ser resolvido com simples respostas ou grandes reviravoltas. As fadas, os humanos, os halflings — todos fazem parte de um mesmo ciclo de vida, e o filme nos convida a abraçar esse ciclo com uma nova compreensão do que significa ser parte de algo maior.

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Recém formado em R.H e Administrador da Overcentral Instagram: @danilopablolima

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