Tarifas de Trump no Brasil: Entenda a Ligação com BRICS e Lula

Tarifas de Trump no Brasil: Entenda a Ligação com BRICS e Lula

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Nos bastidores da política global, uma decisão recente do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas sobre as importações brasileiras, gerou ondas de choque e levantou questionamentos sobre as verdadeiras motivações por trás dessa medida. Embora a narrativa inicial sugerisse um apoio a Jair Bolsonaro, fontes da Casa Branca revelam que o catalisador decisivo foi, na verdade, a crescente influência do BRICS e as ações do governo Lula. O que realmente aconteceu para que uma negociação que parecia focar em sanções individuais se transformasse em uma ameaça econômica de larga escala para o Brasil?

A Virada Inesperada: BRICS no Centro da Decisão de Trump

A decisão de Donald Trump de impor tarifas de 50% sobre todas as importações brasileiras, com início previsto para 1º de agosto, surpreendeu até mesmo aqueles que acompanhavam de perto as movimentações políticas em Washington e Brasília1111. Inicialmente, os esforços de Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, e de Paulo Figueiredo, visavam a aplicação de sanções da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes2. Eles buscavam apoio americano na luta contra o que consideravam uma perseguição política, alegando que o juiz queria prendê-los por sua oposição à eleição de 20223. Trump, inclusive, expressou solidariedade, afirmando conhecer bem ataques a oponentes políticos4.

No entanto, a mudança do foco de sanções a um único juiz para uma ameaça econômica a toda uma nação de 200 milhões de habitantes foi uma decisão unilateral de Trump5. Fontes familiarizadas com a situação revelaram anonimamente que o descontentamento do ex-presidente com a recente reunião do BRICS no Rio de Janeiro foi o verdadeiro ponto de virada6. Maurício Claver-Caron, aliado de Marco Rubio e ex-enviado especial de Trump para a América Latina, afirmou que “foi o BRICS que virou a balança”7.

O BRICS como Alvo da Política Externa de Trump

A coalizão de economias emergentes – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – tem se posicionado como um dos principais alvos da política externa de Trump em um eventual segundo mandato8. O grupo busca expandir seus membros e desenvolver economias independentes das nações desenvolvidas, levantando a discussão sobre uma moeda própria do BRICS ou um sistema de pagamentos alternativo99. Apesar de muitos no BRICS terem abandonado a ideia da moeda comum, o presidente Lula tem insistido nela, o que pode ter gerado preocupação nos EUA101010.

Especialistas especulam que a preocupação de Trump estaria ligada a uma possível negociação entre Lula e Putin, especialmente no contexto da guerra na Ucrânia11. Para a Rússia, que está sob sanções, um novo método de pagamento ou uma moeda alternativa seria extremamente benéfico12. Isso sugere que Trump pode ter informações sobre negociações nos bastidores que não são de conhecimento público13131313. A persistência de Lula em defender a moeda do BRICS, mesmo após o anúncio das tarifas, indica que essa questão pode gerar mais atritos no futuro14.

Reações e Possíveis Soluções: Anistia em Debate

Diante do cenário de tarifas iminentes, a discussão sobre como reverter essa situação se intensificou no Brasil. Steve Bannon, ex-estrategista de Trump, embora não seja mais tão próximo do ex-presidente como no passado, sugeriu publicamente uma “saída” para o problema151515151515151515. Ele condicionou a suspensão das tarifas dos EUA ao Brasil ao encerramento dos processos contra Jair Bolsonaro16. Bannon mencionou três condições específicas:

  • Anistia ampla, geral e irrestrita para os réus e condenados pelo “golpe de estado”17.
  • A possibilidade de Jair Bolsonaro se candidatar à presidência em 2026, revertendo sua inelegibilidade18.
  • O afastamento do ministro Alexandre de Moraes dos quadros do STF19.

Embora Bannon não fale em nome do governo dos EUA ou de Trump202020202020202020, suas declarações abriram uma porta para a negociação. A anistia, em particular, é vista como uma solução mais viável, que permitiria ao Congresso aprová-la, mantendo a “dignidade” do governo e do STF, mesmo que o veto presidencial e as objeções do judiciário sejam superadas21212121. A elegibilidade de Bolsonaro para 2026 também é considerada uma prioridade22.

Ministros do STF, publicamente, ironizaram as reivindicações, afirmando que elas sequer seriam discutidas internamente23. Contudo, a preocupação nos bastidores é palpável24. A situação jurídica de Bolsonaro, inclusive, agravou-se para o STF após ele agradecer a Trump pelas tarifas25. O PSOL, inclusive, chegou a pedir a prisão de Eduardo Bolsonaro, acusando-o de crime de lesa-pátria por reclamar aos EUA26. No entanto, pedir apoio internacional não é lesa-pátria, como o próprio PT fez no passado, pedindo sanções contra Bolsonaro e até intervenção militar americana no Brasil27.

Apesar das posições públicas endurecidas, a expectativa é que as negociações continuem nos bastidores282828282828282828. As tarifas só entrariam em vigor em 1º de agosto, deixando um período para que um possível recuo de Trump ou um acordo seja alcançado29. A aprovação de um projeto de anistia na Câmara dos Deputados poderia simplificar significativamente a situação30.

O cenário atual, com a retórica pública sugerindo um caminho próximo ao “modelo Venezuela”, contrasta com as expectativas de que as discussões a portas fechadas possam levar a um desfecho diferente313131313131313131. O futuro das relações Brasil-EUA e o destino político de Jair Bolsonaro parecem estar intrinsecamente ligados a esses movimentos diplomáticos e legislativos.

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