Imagina só: um pistoleiro de terno preto, implacável, com uma fama que precede cada passo—John Wick no Velho Oeste. Enquanto Arthur Morgan e a gangue Van der Linde lidam com traições e caçadas por recompensa, Wick seria um furacão de balas e vingança, transformando o jogo em um verdadeiro shootout épico. Será que ele se alinharia aos fora-da-lei ou seria um caçador de recompensas ainda mais temido do que o próprio Landon Ricketts? E como a mecânica de Red Dead Redemption 2 se adaptaria a um personagem tão letal?
Se a Rockstar resolvesse essa mistura, teríamos duelos rápidos, missões de vingança sanguinolentas e, claro, muitos cavalos sendo usados como escudo (porque sim, John Wick faria isso). Mas será que esse crossover faria sentido ou seria apenas um delírio de fã?
O Baba Yaga no Velho Oeste
John Wick no Velho Oeste seria uma força da natureza, um furacão de violência e precisão em um mundo já brutal por natureza. Enquanto os pistoleiros de Red Dead Redemption 2 dependem de mira firme e um pouco de sorte, Wick traria uma eficiência quase sobrenatural, transformando cada confronto em uma coreografia mortal. Seu passado como assassino profissional se encaixaria perfeitamente nos becos sujos de Saint Denis ou nos saloons poeirentos de Valentine, onde informações valiosas e contratos sangrentos circulam entre whisky e cartas marcadas.
A presença de Wick desestabilizaria o equilíbrio de poder no jogo, criando um novo nível de perigo. Bandidos comuns seriam apenas obstáculos insignificantes, enquanto figuras como Micah Bell ou os agentes da Pinkerton se tornariam alvos dignos de sua atenção. A própria gangue Van der Linde teria que decidir se ele é uma ameaça a ser eliminada ou um recurso temporário a ser explorado, já que ninguém controla o Baba Yaga—no máximo, tenta sobreviver ao seu caminho de destruição.
E o que aconteceria se Wick cruzasse com personagens como Sadie Adler ou Charles Smith? Enquanto Sadie é movida por uma vingança pessoal, Wick é a própria encarnação da retribuição, e seu código de honra peculiar poderia colidir ou se alinhar com os valores desses personagens. Charles, com sua ética silenciosa, talvez fosse um dos poucos a entender a natureza de Wick, enquanto Dutch veria nele um espelho distorcido de sua própria obsessão por controle—um homem que não segue regras, mas é escravo de seu próprio passado violento.
O Estilo de Combate: Gun-Fu vs. Duelos de Revolver
Wick não é um cowboy comum. Seu estilo de luta mescla tiro preciso, artes marciais brutais e improvisação letal—algo que transformaria os combates em RDR2 em coreografias cinematográficas. Imagine:
- Sistema de CQB (Close Quarters Battle): Facadas rápidas, desarmes brutais e execuções em movimento, como esmagar crânios contra bares ou usar cavalos como escudo móvel 14.
- Duelos ao Estilo Wick: Em vez do clássico quick draw, Wick poderia ter uma mecânica de “precisão sob pressão”, onde cada tiro na cabeça daria um bullet time momentâneo para encaixar o próximo disparo.
O estilo de combate de John Wick seria uma revolução no mundo de Red Dead Redemption 2, onde a violência já é crua, mas ainda amarrada às limitações do século XIX. Enquanto os duelos tradicionais do jogo dependem de um sistema de quick draw e precisão estática, Wick introduziria uma fluidez quase coreográfica, misturando tiros precisos com golpes corpo a corpo brutais. Cada confronto se tornaria uma sequência de movimentos calculados, onde armas de fogo, facas e até objetos do ambiente seriam usados com eficiência mortal. A mecânica de dead eye do jogo, que desacelera o tempo para permitir mira estratégica, ganharia uma nova camada se adaptada ao gun-fu—imagine marcar múltiplos alvos enquanto desvia de facadas ou desmonta um adversário com um chute certeiro antes do último disparo.
O contraste entre a abordagem tradicional dos cowboys e a ferocidade calculada de Wick criaria situações únicas. Enquanto um pistoleiro comum recuaria para recarregar ou buscar cobertura, Wick avançaria, transformando cada segundo de combate em uma ofensiva ininterrupta. Seu repertório incluiria técnicas como center-axis relock, um método de tiro em curta distância que permite transições rápidas entre alvos, algo nunca visto no Velho Oeste. Inimigos acostumados a duelos de revólver em ruas poeirentas ficariam desorientados diante de um homem que trata uma Winchester como uma extensão do próprio corpo, alternando entre tiros à queima-roupa e golpes de coronhada sem perder o ritmo.
A inteligência artificial dos NPCs teria que se adaptar a essa ameaça incomum. Bandidos que normalmente atirariam em grupo ou buscariam flanquear o jogador se veriam diante de um oponente que não apenas responde ao fogo, mas fecha a distância com velocidade assustadora. Até os inimigos mais perigosos do jogo, como os caçadores de recompensas ou os veteranos da Guerra Civil, seriam pegos de surpresa por táticas que misturam artes marciais com balística avançada—um anacronismo que redefiniria o que é ser letal naquele mundo.
E como o sistema de honra do jogo reagiria a esse estilo de combate? Enquanto Arthur Morgan pode escolher entre violência desmedida ou contenção, Wick não tem essa dualidade—ele é a tempestade perfeita de eficiência e brutalidade. Matar dezenas de homens em sequência não seria uma questão de moralidade, mas de sobrevivência, e o jogo teria que recalibrar suas consequências para um personagem cuja existência é uma espiral de retribuição. Talvez a única coisa capaz de frear Wick não fosse um sistema de karma, mas a escassez de munição—algo que o forçaria a improvisar ainda mais, usando facas, garrafas quebradas ou até mesmo as próprias mãos para manter seu ritmo implacável.
Em um mundo onde a morte chega rápido e sem aviso, John Wick seria a personificação desse princípio levado ao extremo. Seu estilo de luta não apenas mudaria a forma como o jogador encara os combates, mas também como o próprio Red Dead Redemption 2 entende a violência—não como um recurso esporádico, mas como uma linguagem constante, falada com sotaque de pólvora e sangue.
A História: Vingança ou Redenção?
John Wick é movido por perda e vingança, um tema que já ecoa na narrativa de Arthur Morgan. Se transplantado para o Velho Oeste, sua história poderia se misturar à gangue Van der Linde de duas formas:
- Aliado Temporário: Wick poderia ser um mercenário contratado por Dutch para uma missão suicida, mas sua moralidade rígida (sim, ele tem um código) entraria em conflito com a descentralização da gangue 6.
- Caçador de Recompensas: Com um passado ligado ao High Table (a máfia secreta dos filmes), ele poderia caçar bandidos por dinheiro—ou até mesmo Arthur e John, se a recompensa fosse alta o suficiente
A inserção de John Wick no universo de Red Dead Redemption 2 criaria uma narrativa profundamente contrastante com a jornada de Arthur Morgan. Enquanto Arthur enfrenta uma crise existencial, questionando seus atos e buscando redenção no crepúsculo de sua vida, Wick personificaria a vingança como um ciclo infinito – um homem que já renunciou à salvação e abraçou seu papel como instrumento de retribuição. Sua chegada ao mundo do jogo não traria esperança, mas sim uma tempestade de consequências para aqueles que ousassem cruzar seu caminho, tornando-se um espelho distorcido do que Arthur poderia ter se tornado caso tivesse sucumbido completamente à sua natureza violenta.
A dinâmica entre Wick e a gangue Van der Linde seria carregada de tensão irresolúvel. Dutch, sempre obcecado por controlar variáveis, descobriria que Wick é a personificação do caos incontrolável – um homem que não pode ser manipulado ou recrutado permanentemente. Enquanto os membros da gangue lutam por lealdade e família, Wick operaria sob um código pessoal intransigente, criando conflitos ideológicos profundos. Micah Bell, com sua natureza traiçoeira, provavelmente seria o primeiro a subestimar o Baba Yaga, aprendendo da maneira mais sangrenta possível que algumas forças não podem ser domesticadas ou usadas como peças em jogos de poder.
A presença de Wick redefiniria o conceito de justiça no mundo do jogo. Enquanto os xerifes e caçadores de recompensas representam uma ordem frágil e frequentemente corrupta, Wick agiria como um juiz, júri e carrasco completamente à margem do sistema. Suas ações levantariam questões perturbadoras: há moralidade em sua violência? Sua busca por vingança é nobre por sua pureza ou condenável por sua implacabilidade? O jogo, normalmente tão preocupado com as nuances morais da vida fora da lei, seria forçado a confrontar a existência de um homem que transcende essas categorias, operando em um espaço ético próprio e inalcançável para os demais personagens.
Interações com figuras como Sister Calderón ou Rains Fall mostrariam as limitações da filosofia de Wick. Enquanto esses personagens oferecem a Arthur vislumbres de perdão e paz interior, eles encontrariam em Wick um muro intransigente – um homem cuja dor se tornou tão fundamental para sua identidade que abandoná-la seria equivalente a deixar de existir. Esses encontros silenciosos e tensos destacariam o abismo entre a jornada de redenção de Arthur e a espiral autodestrutiva de Wick, oferecendo aos jogadores uma reflexão sobre os limites do arrependimento e os preços da vingança.
O final hipotético da história de Wick neste universo seria inevitavelmente trágico, mas de uma forma diferente da jornada de Arthur. Enquanto Morgan encontra um tipo de paz na aceitação de seus erros, Wick provavelmente encontraria seu fim em um último ato de violência sublime – talvez protegendo alguém que lembra sua falecida esposa, ou destruindo uma organização criminosa equivalente ao High Table no Velho Oeste. Seu legado não seria de esperança ou renovação, mas de um aviso: que alguns homens carregam consigo tempestades que só podem terminar quando não resta mais nada para destruir.
O Impacto no Mundo Aberto
- Caçada pelos Assassinos: No universo de John Wick, matá-lo não é fácil—e o High Table enviaria caçadores implacáveis atrás dele. Isso poderia gerar eventos randômicos onde grupos armados surgem para eliminá-lo, criando situações como “defender uma cidade sob cerco” ou “fugir de um comboio de mercenários” 13.
- Reputação Sangrenta: Quanto mais Wick matasse, mais sua fama cresceria. Cidades poderiam fechar as portas para ele, ou npcs reagiriam com medo ou admiração extrema—alguns até oferecendo informações em troca de proteção
Mods e a Comunidade
A ideia já é tão popular que modders criaram versões de Wick em RDR2, adicionando desde seu visual clássico (terno preto) até movimentos inspirados nos filmes. Um vídeo viral até mostra ele decapitando inimigos com facadas e usando dinamite de forma criativa—algo que faria o próprio Dutch ficar impressionado