Cara, se tem um jogo que me pegou de jeito recentemente, foi Mafia: The Old Country. Aquele clima de filme de máfia, a Sicília linda (e perigosa), e aquele protagonista, Enzo, que tá mais lascado que eu depois de um happy hour – tudo isso me fisgou. Mas olha, não se engane: esse jogo pode ser lindo, mas é cruel com iniciantes. Se você não quiser acabar como um capanga esquecido num beco escuro, anota essas 5 dicas que eu aprendi na marra (e com vários game overs no caminho).
Vou te contar o que funciona, o que é armadilha e até minha opinião polêmica sobre stealth vs tiroteio. Bora?
Ouça uma música do album oficial do jogo enquanto acompanha nosso belo artigo:
Foque na História Primeiro – O Jogo Quer Que Você Viva Esse Filme
Eu sou aquele jogador que para pra abrir toda gaveta, roubar cada moedinha e explorar cada beco antes de seguir a missão. Em Mafia: The Old Country, isso quase me arruinou.
Aqui vai a real: esse jogo é um filme interativo disfarçado de mundo aberto. A Sicília é linda? Sim. Tem colecionáveis escondidos? Toneladas. Mas a magia mesmo tá na história linear e intensa do Enzo, que vai de coitado a mafioso com uma velocidade que dá whiplash.
Por que ignorar o mundo aberto no começo?
- O ritmo é sagrado: As missões principais são como episódios de O Poderoso Chefão – se você para pra catar jornal velho no meio de um tiroteio, a emoção morre.
- Nada desaparece: Todos os colecionáveis (até os malditos foxes) ainda estarão lá depois do créditos rolarem. E olha que eu jurei que tinha perdido um baú épico por pular uma vila…
- Cutscenes = Contexto: Skipar viagens de carro é skipar diálogos ouro que explicam por que você está apunhalando alguém depois. E trust me, você vai querer saber.
Minha experiência vergonhosa: Passei 40 minutos escalando um morro atrás de um suposto “tesouro” no começo do jogo. Ganhei? Um charm de +2% de recarga rápida. Perdi? O impacto daquela cena onde o Enzo descobre que [REMOVIDO DEVIDO A SPOILER!]. Não vale a pena, amigos.
O grande trunfo de Mafia: The Old Country está em sua narrativa imersiva e cinematográfica. Diferente de outros jogos de mundo aberto que incentivam a exploração constante, aqui a experiência principal está nas missões que contam a ascensão brutal de Enzo no mundo do crime. Cada capítulo foi cuidadosamente construído para manter uma tensão dramática que simplesmente não funciona se você ficar se distraindo com atividades secundárias no meio do caminho.
Há uma razão pela qual os desenvolvedores colocaram o modo exploração como algo para ser desfrutado após terminar o enredo principal. As melhores sequências do jogo – aqueles momentos de impacto emocional ou reviravoltas surpreendentes – perdem completamente seu poder se você interromper o fluxo para sair caçando colecionáveis. É como pausar um filme premiado no clímax para ir fazer um lanche.
A progressão natural da história também serve como tutorial orgânico para as mecânicas do jogo. Quando você avança linearmente, recebe introduções perfeitas a novos sistemas, armas e habilidades no momento certo. Já tentei fazer um playthrough pulando direto para as atividades livres no começo e foi um desastre – terminei sem entender mecânicas importantes que seriam apresentadas naturalmente mais adiante na campanha.
Os diálogos durante as viagens de carro não são apenas enfeites. Eles constroem profundidade nos personagens e no mundo. Pulei uma dessas conversas no início e depois fiquei completamente perdido sobre por que estava atacando certo grupo. O jogo assume que você prestou atenção a essas interações aparentemente menores, que muitas vezes contêm pistas importantes para o que está por vir.
A Sicília é belíssima, sem dúvida, mas sua verdadeira magia está em como o ambiente se transforma conforme a narrativa avança. Lugares que você visita casualmente no começo ganham significados completamente diferentes depois de certos eventos na trama. Explorar tudo antecipadamente não só quebra o ritmo como rouba o impacto dessas revelações geográficas.
Há um motivo pelo qual os colecionáveis mais interessantes só aparecem no mapa após você completar a história. Os desenvolvedores claramente querem que sua primeira experiência seja guiada pela narrativa, com a exploração meticulosa vindo depois como uma forma de prolongar e aprofundar sua conexão com esse mundo. É uma abordagem ousada nos dias de hoje, mas que funciona incrivelmente bem neste contexto.
Depois de terminar a campanha principal, você terá todo o tempo do mundo para voltar e explorar cada cantinho da Sicília. E pasme: essa experiência pós-história acaba sendo ainda mais gratificante, pois você reconhece locais que foram importantes na trama, entende referências que antes passariam despercebidas e pode apreciar a riqueza do mundo com os olhos de quem já conhece sua história completa.
Economize Seu Dinheiro Como Um Verdadeiro Mafioso
No começo de Mafia: The Old Country, é tentador sair gastando dinheiro como um chefão recém-promovido – mas acredite, a pobreza chega rápido nessa Sicília virtual. O dinheiro (ou dinari) é escasso, especialmente nas primeiras horas, e gastá-lo com bobagens pode te deixar na mão quando você mais precisar.
A primeira lição que aprendi da pior maneira? Armas não são seu melhor investimento inicial. Por mais tentador que seja comprar aquela pistola reluzente ou um rifle poderoso logo de cara, a verdade é que o jogo te arma naturalmente durante as missões principais. Gastar uma fortuna em armamentos cedo é jogar dinheiro fora – você sempre acaba encontrando versões decentes delas ao progredir na história.
Onde você realmente deve investir? Nos encantos de rosário. Esses itens oferecem buffs passivos que fazem uma diferença absurda no gameplay. Aquele upgrade de 500 dinari para desbloquear slots adicionais? Vale cada centavo. Com mais espaços, você pode equipar combinações que aumentam sua sobrevivência, stealth ou até mesmo o dinheiro que ganha ao lootear inimigos. Foi só depois de comprar esses upgrades que percebi como estava jogando no modo hard sem necessidade.
Outro erro clássico: comprar cavalos e carros caros muito cedo. Sim, eles são bonitos e rápidos, mas você não precisa deles imediatamente. O jogo te fornece veículos básicos que quebram o galho até você juntar uma grana decente. Guarde seu dinheiro para quando desbloquear os modelos realmente superiores – caso contrário, vai se arrepender de ter gasto tudo em um cavalo mediano que será irrelevante em poucas missões.
E os cosméticos? Esqueça. Sério. A menos que você seja do tipo que precisa ter um terno roxo ou um carro dourado, ignore essas opções no início. Elas não afetam em nada sua jogabilidade e só servem para esvaziar seus bolsos. Deixe para personalizar seu visual quando estiver nadando em dinheiro no final do jogo.
uma dica que me salvou: não ignore os baús trancados. Eles estão por toda parte e muitas vezes contêm itens valiosos, como dinheiro extra, munição e até charms raros. Leve sempre uma faca boa (de preferência uma Stiletto, pela durabilidade) para abri-los – o retorno compensa o investimento.
seja um mafioso esperto. Guarde seu dinheiro para o que realmente importa no começo, porque quando as coisas apertarem (e elas vão apertar), você vai agradecer por ter feito as escolhas certas.
A Arte da Faca: Sua Arma Mais Subestimada (e Poderosa)
Todo mundo chega em Mafia: The Old Country querendo sair atirando como um gangster dos anos 20, mas deixe-me te contar um segredo: sua faca é, sem dúvida, a ferramenta mais versátil do jogo. E, ironicamente, a que mais ignorei no começo – até levar um susto com um sistema de combate corpo a corpo que é muito mais profundo do que parece.
A primeira grande escolha: Sanituri, Razaloo ou Stiletto? Cada uma tem uma filosofia diferente. A Sanituri é minha favorita pessoal – poder arremessar lâminas em inimigos desprevenidos é tão satisfatório quanto parece. Mas cuidado: você precisa recuperá-las depois, o que pode te colocar em situações embaraçosas (já me peguei correndo como um idiota atrás de uma faca cravada na parede enquanto inimigos chegavam). A Razaloo é brutal em combate direto, permitindo execuções rápidas durante confrontos, mas a Stiletto é a queridinha dos pragmáticos – dura muito mais e é perfeita para abrir os incontáveis baús trancados pelo mundo.
Falando nisso, durabilidade é tudo. No início, subestimei quantos golpes uma faca aguentava. Resultado? Fiquei travado no meio de uma infiltração com a lâmina quebrada, tendo que improvisar com um combate barulhento que arruinou minha abordagem stealth. Agora sempre carrego pedras de amolar – elas reparam sua faca completamente e são relativamente fáceis de lootear de inimigos derrotados.
Um truque que ninguém te conta: facas são melhores que moedas para distrações. Enquanto moedas só atraem um inimigo curioso, uma faca arremessada longe (sem acertar ninguém) faz um barulho que pode chamar todo um grupo. Isso salvou minha pele inúmeras vezes em áreas superlotadas. Só não erre o arremesso – acertar um inimigo acaba com seu stealth na hora.
E aqui vai minha opinião polêmica: em 70% das missões, uma boa faca é mais útil que uma pistola. Muitos ambientes são fechados, com inimigos patrulhando em rotas previsíveis. Com paciência e uma Sanituri afiada, você pode eliminar metade de um acampamento sem fazer um único barulho. Enquanto isso, quem só confia em armas de fogo vive acabando cercado e sem munição.
Domine a Navegação – Seu GPS da Máfia Siciliana
Quando comecei a jogar, quase abandonei Mafia: The Old Country por pura frustração com o sistema de navegação. Onde está o minimapa? Onde estão os marcadores flutuantes? A resposta: na década de 1900, é claro. O jogo substitui interfaces modernas por um sistema genial de bandeiras de navegação que aparecem naturalmente nas estradas.
No início, odiei. Queria correr em linha reta até o objetivo, mas a Sicília não funciona assim – colinas, vinhedos e muralhas antigas bloqueiam seu caminho. Aos poucos, percebi a genialidade: seguir as bandeiras não é só realista, é eficiente. Elas consideram o terreno e te levam por rotas que evitam subidas desnecessárias ou becos sem saída.
Aqui está o pulo do gato: não ignore as viagens de carro. Cada corrida é uma aula de geografia siciliana. Quando você dirige manualmente (e não usa o skip), começa a memorizar atalhos naturais, pontos de referência e até locais perfeitos para emboscadas futuras. Pule todas as viagens e você será eternamente dependente do sistema de navegação básico.
Um erro comum? Confiar demais nos cavalos para explorar. Sim, eles sobem terrenos íngremes melhor que carros, mas são lentos para longas distâncias. Descobri da pior forma que tentar cruzar o mapa inteiro a cavalo é receita para tédio. A solução? Use os pontos de fast travel estratégicos – mas sempre deixe seu veículo ou cavalo próximo antes de se aventurar a pé, ou você acabará preso no meio do nada.
E para os impacientes (como eu): modificar a sensibilidade da câmera do veículo foi crucial. A configuração padrão faz a câmera girar muito devagar nas curvas fechadas das estradas de montanha. Ajuste isso nas opções e você evitará 70% das colisões com paredes e árvores.
Minha epifania: Quando parei de lutar contra o sistema e abracei essa forma “antiga” de navegar, a Sicília ganhou vida. Comecei a reconhecer vilarejos pela arquitetura, antecipar curvas perigosas e até prever onde inimigos poderiam estar emboscados – exatamente como um verdadeiro mafioso local faria.
Stealth vs. Tiroteio: A Hora Certa para Cada Estratégia
No começo, eu achava que Mafia: The Old Country me daria liberdade para jogar do meu jeito. Queria ser um fantasma, eliminando alvos sem fazer barulho. Mas o jogo tem outras ideias – e me ensinou da maneira mais brutal possível que nem toda situação pode ser resolvida na base do silêncio.
Quando o Stealth é a Melhor Opção
Nas primeiras missões, você é fraco. Um ou dois tiros podem te mandar de volta ao checkpoint. Aqui, stealth não é só uma opção – é obrigação. Aprendi isso depois de morrer cinco vezes tentando enfrentar um grupo de capangas de frente.
- Moedas e garrafas são seus melhores amigos. Jogar uma moeda distrai um inimigo. Já uma garrafa quebrada chama toda a patrulha. Use isso para criar rotas seguras ou isolar alvos.
- Matar não é sempre necessário. Às vezes, passar despercebido é melhor do que deixar cadáveres que podem ser descobertos.
- O jogo te pune por ser impulsivo. Se você entra numa área atirando, inimigos podem chamar reforços ou fugir, complicando objetivos secundários.
Quando Vale Mais a Penas o Caos
Depois de algumas horas, você ganha armas melhores e mais vida. É aí que o jogo muda. Há missões onde stealth é quase impossível – como quando você está defendendo um território ou participando de um ataque direto.
- Granadas e Molotovs são ótimos para controle de multidão. Jogue uma em um grupo e observe o caos se instalar.
- Espingardas são brutais em ambientes fechados. Se você está num beco ou dentro de um prédio, essa é sua arma ideal.
- Às vezes, correr e atirar é a única saída. Se você falha no stealth, não tente se esconder de novo – domine o caos e elimine as ameaças rápido.
Minha Maior Vergonha
Teve uma missão em que eu quase consegui passar despercebido. Eliminei três guardas, mas no quarto, errei o timing e fui descoberto. Em vez de recuar, tentei continuar no stealth enquanto todo o acampamento estava em alerta. Resultado? Fui de F em 10 segundos.
A lição? Se o stealth falhar, mude de tática imediatamente. Não insista no erro.