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| “Descubra quais franquias da Devolver Digital geraram mais receita, incluindo Cult of the Lamb (US 80 milhões). Conheça a estratégia da editora: mais DLCs, sequências como Enter the Gungeon 2, parceria com a Nintendo para o Switch 2 e jogos inovadores como Forestrike. Análise completa sobre o futuro dos games!” |
A editora independente Devolver Digital divulgou recentemente um relatório detalhando quais de suas propriedades intelectuais (IPs) foram as mais lucrativas, ao mesmo tempo em que traçou um plano ambicioso para os próximos anos. Em uma apresentação direcionada a investidores, a empresa destacou o desempenho financeiro de seus principais jogos, tanto de produção própria quanto de terceiros, revelando dados interessantes sobre o mercado de games e suas próprias prioridades estratégicas.
Dentre os destaques, o jogo Cult of the Lamb, desenvolvido por um estúdio parceiro, lidera o ranking com uma receita acumulada impressionte:
Esses números reforçam uma tendência observada pela Devolver: os jogadores estão dedicando mais tempo a franquias já consolidadas em vez de se arriscarem em novas IPs. Diante disso, a editora planeja investir ainda mais em suas propriedades mais populares, explorando diferentes abordagens para mantê-las relevantes.
Curiosamente, cinco das dez franquias listadas já têm sequências confirmadas, incluindo Astroneer, Enter the Gungeon 2, The Talos Principle 2, Gorn e Stronghold — este último com duas novidades no horizonte: Stronghold Crusader: Definitive Edition, previsto para julho, e um novo jogo da série desenvolvido em Unreal Engine 5. Essa movimentação indica uma aposta clara na continuidade de franquias que já provaram seu valor no mercado.
Além disso, a Devolver Digital está ajustando sua estratégia de negócios para os próximos anos. Entre as principais iniciativas, estão:
- Expansão de conteúdo pago (DLC): Após o sucesso das DLCs de Cult of the Lamb e Astroneer no ano passado, a empresa pretende lançar mais complementos para seus jogos, aumentando o engajamento e a monetização.
- Edições definitivas: Versões remasterizadas e aprimoradas de títulos clássicos devem ganhar espaço no catálogo futuro.
- Mais sequências: A editora confirmou que está trabalhando em novas entregas de suas franquias mais populares, tanto de produção própria quanto de terceiros.
- Ajuste no investimento em jogos de terceiros: A Devolver planeja focar em projetos menores, com orçamentos mais enxutos, mas alto potencial de sucesso e espaço para DLCs futuras.
- Reestruturação de subsidiárias: Três divisões da empresa passarão por um processo de “redimensionamento”, com cortes de aproximadamente 50% em suas equipes, visando maior eficiência operacional.
- Parceria com a Nintendo: Com o Switch sendo o console mais lucrativo em vendas de unidades, a Devolver já está colaborando com a gigante japonesa no desenvolvimento de jogos para o sucessor do Switch, ainda não oficialmente anunciado.
No que diz respeito aos lançamentos futuros, o cronograma inclui títulos promissores como Baby Steps, Enter the Gungeon 2, Skate Story, Tenjutsu, Forestrike, Monster Train 2 e Starseeker: Astroneer Expeditions.
Falando especificamente de Forestrike, o jogo chamou atenção durante o BitSummit, festival de indies realizado em Kyoto no ano passado. Sua mecânica única, que desafia os jogadores a planejar movimentos de luta em sua mente antes de executá-los em tempo real, oferece uma experiência diferente e envolvente. A VGC destacou o título como um dos mais interessantes a serem acompanhados, comparando sua jogabilidade à de um filme de artes marciais coreografado com maestria. Embora seja classificado como um roguelite, sua abordagem foge do convencional, priorizando a sensação de progressão e a satisfação em dominar combates complexos.
Análise sobre as informações obtidas
A estratégia da Devolver Digital reflete um cenário mais amplo na indústria de jogos, onde franquias estabelecidas tendem a dominar o mercado, enquanto novas IPs enfrentam desafios para conquistar espaço. Ao focar em sequências e conteúdo adicional, a editora busca maximizar o retorno sobre investimento, mas isso também levanta questões sobre inovação e diversidade criativa. Será que o excesso de DLCs e remasters pode saturar o público? Por outro lado, a parceria com a Nintendo e o investimento em jogos como Forestrike mostram que a empresa ainda está disposta a correr riscos com experiências únicas.
Se a Devolver conseguir equilibrar essa equação explorando o sucesso de suas franquias enquanto continua a apoiar projetos originais , ela pode consolidar ainda mais seu lugar como uma das editoras independentes mais influentes do mercado.
