Os Raiders em Gachiakuta são uma das facções mais intrigantes e perigosas do universo criado por Kei Urana. Liderados pelo enigmático Zodil, eles não são meros bandidos, mas indivíduos com habilidades únicas, conhecidas como “instrumentos vitais“, e motivações complexas que os tornam vilões memoráveis. Desde Fu, o ex-inimigo que agora trabalha com os Cleaners, até Jabber, o combatente obcecado por venenos, cada membro dos Raiders tem uma história marcada por tragédias e ambições sombrias. Neste artigo, exploraremos detalhadamente quem são esses personagens, seus poderes e como suas jornadas se entrelaçam com o conflito central da obra.
Os Poderes e Tragédias por Trás dos Membros dos Raiders
Fu: O Ex-Inimigo dos Cleaners
Fu é um dos personagens mais complexos dos Raiders. Sua dependência de ordens alheias reflete um trauma profundo: no passado, uma decisão autônima resultou em fracasso, deixando-o incapaz de agir por conta própria. Seu “instrumento vital”, a boneca amaldiçoada Hit, é uma extensão de sua psique fragmentada. Quando ativada, Hit assume o controle, transformando Fu em uma máquina de combate implacável. Curiosamente, sua lealdade muda após ser abandonado pelos Raiders, levando-o a se juntar aos Cleaners como forma de redenção.
Pergunta intrigante: Será que Fu conseguirá superar seu medo de tomar decisões?
Bundis: O Colecionador de Identidades
Bundis carrega sua história literalmente nos ombros. Seu instrumento, Hands, é composto por seis braços prostéticos, cada um representando uma fase de sua vida:
- Braço 2 (18 anos): Garras afiadas simbolizando sua fase “edgy”.
- Braço 5 (35 anos): Movimentos caóticos, refletindo instabilidade emocional.
- Braço 6 (40 anos): Defesa sólida, mostrando maturidade.
Sua promoção à linha de frente dos Raiders revela sua utilidade estratégica, mas também sua obsessão por descobrir segredos — como a fraqueza do líder dos Cleaners, Arca.
Nord: A Lealdade que Custou Tudo
Nord era a mais leal a Zodil, mas sua história é uma tragédia. Sobrevivente da tribo Celia, ela via em Zodil um salvador. Seu instrumento, um pente elétrico, canalizava a eletricidade acumulada em seu cabelo para ataques devastadores. Porém, seu ato final — “Last Burst” — destruiu seu próprio corpo para salvar Zodil, levantando a questão: ela foi uma vítima ou uma mártir voluntária?
Zodil: O Líder que Quer Destruir o Céu
Zodil não é um vilão comum. Sua motivação vem de um passado traumático em um culto que venerava o lixo da Esfera, onde perdeu a irmã. Seu ódio pelo sistema o levou a criar os Raiders como ferramentas para seus experimentos com a série Watchman. Seu instrumento, a capa Mishra, permite transformações monstruosas baseadas no que consome — de asas a membros afiados.
Curiosidade: Zodil e Rudo compartilham um “cheiro” similar, sugerindo uma conexão além dos instrumentos Watchman.
Jabber Wonger: O Mestre dos Venenos e Sua Busca por um Desafio
Entre os Raiders, Jabber se destaca como um dos combatentes mais letais — e imprevisíveis. Seu instrumento vital, Manura, parece inofensivo a primeira vista: dez anéis que se transformam em garras afiadas. Porém, sua verdadeira força está na capacidade de absorver, copiar e combinar toxinas de qualquer fonte.
Os Segredos de Manura
- Garra Direita (Ofensiva):
- Armazena neurotoxinas que paralisam inimigos com um simples arranhão.
- Pode “copiar” venenos de outras fontes (como plantas ou ferimentos de batalha).
- Garra Esquerda (Defensiva/Experimental):
- Reflete toxinas já absorvidas, permitindo combinações mortais.
- Jabber chega a se injetar venenos para testar novos efeitos.
Sua “Forma Liberada” aumenta ainda mais o perigo: as garras ganham alcance extensível e ele desencadeia ataques em área, como “Stormy Weather” — um redemoinho de garras envenenadas.
A Psicologia por Trás da Fome de Batalha
Jabber não é apenas um sádico; ele sofre de um tédio existencial. Como Zodil raramente o desafia, ele busca adversários que possam fazê-lo “sentir dor” (como Rudo e Zanka). Sua derrota para Zanka, porém, revela uma ironia trágica: ele subestimou o oponente justamente por acreditar que este também se reprimia.
Pergunta: Será que Jabber algum dia encontrará um rival à altura?
Mimoa Rukil: A Espiã que Pagou o Preço do Conhecimento
Mimoa é a prova de que informação pode ser uma arma de dois gumes. Seu instrumento, Ail (um par de fones de ouvido), permite ler memórias ao tocar alguém — uma habilidade valiosa para os Raiders, mas com um custo oculto.
O Jogo de Xadrez com Kuro
- A Armadilha do Corretor de Informações:
- Kuro, o aliado dos Cleaners, preparou uma memória-bomba cheia de dados encriptados.
- Mimoa acessou os segredos, mas a sobrecarga de informações congelou seu cérebro, deixando-a em coma por um mês.
- O Paradoxo de Mimoa:
- Ela ama música (daí seu instrumento), mas sua habilidade a força a “ouvir” o caos das mentes alheias.
Tema intrigante: Quando ela acordar, as memórias roubadas podem revelar segredos sobre a verdadeira origem dos Watchmen.
As Bestas de Lixo Imitação: Os Experimentos Proibidos de Zodil
Zodil não quer apenas destruir a Esfera; ele quer entender seu funcionamento. Para isso, criou bestas de lixo artificiais usando:
- Fragmentos da Série Watchman Defeituosa (como núcleos).
- Instrumentos Vitais Roubados (como “ofertas” para alimentar as criaturas).
O objetivo? Testar quem sobrevive ao “Border” — o limite entre o Mundo Inferior e a Esfera. Esses experimentos mostram que Zodil vê até seus aliados como cobaias, incluindo a própria Noard.
Você tem razão em perguntar — ainda há detalhes e membros secundários dos Raiders que merecem atenção, mesmo que brevemente. Vamos cobrir os que ainda não foram explorados em profundidade, garantindo que nenhum fique de fora.
Konza e a Parceira da Pá
Konza, o primeiro Raider apresentado na série, já foi derrotado, mas sua história é um exemplo do destino cruel que aguarda os que falham sob o comando de Zodil. Seu instrumento, as botas de neve, permitiam que ele se movesse livremente em terrenos lamacentos criados por sua parceira, a usuária da pá em forma de espada. Juntos, eles criavam armadilhas com bonecos de lama, uma estratégia que funcionou até Zanka decifrar seus truques. A queda de Konza — traído pelos próprios aliados e depois caçado pelos Hell Guards — mostra como Zodil descarta aqueles que não são mais úteis, mesmo os que estiveram com ele desde o início.
A Usuária da Pá: A Mestra das Ilusões
Sua parceira, nunca nomeada diretamente, é especialista em criar bonecos de barro hiper-realistas, capazes de enganar até os inimigos mais astutos. Durante a missão de capturar Rudo, ela se disfarçou de mercador para atraí-lo para uma emboscada, revelando que os Raiders não dependem apenas de força bruta, mas também de subterfúgios psicológicos. Seu destino após a derrota permanece desconhecido, mas considerando o padrão de Zodil, é provável que ela tenha sido abandonada ou eliminada.
Choni Andor: A Executora Leal
Choni é uma das poucas mulheres na linha de frente dos Raiders e age como a mão direita de Zodil quando se trata de punir traidores. Seu instrumento, Manhole, permite teletransporte através de superfícies, tornando-a uma perseguidora implacável. Ela não é apenas uma guerreira, mas uma estrategista que observa as batalhas de longe, identificando fraquezas antes de atacar. Sua lealdade é inabalável, e ela já deixou claro que caçará Fu por sua traição. Seu papel futuro pode ser crucial caso os Raiders enfrentem uma rebelião interna.
Os Não Nomeados e o Destino dos Descartados
Além dos membros principais, há Raiders menores que aparecem em grupos durante missões, como os que acompanharam Jabber ou Bundis. Esses personagens podem não ter nomes ou histórias detalhadas, mas sua presença reforça a estrutura hierárquica e impiedosa da organização. Muitos são givers com habilidades não exploradas, descartados após cumprirem seus propósitos. Essa “carne para canhão” ilustra como Zodil vê a maioria de seus subordinados: como ferramentas temporárias.
O Que Ainda Pode Ser Revelado
Embora tenhamos coberto todos os Raiders conhecidos até agora, a obra pode introduzir novos membros no futuro, especialmente com a crescente tensão entre a Esfera e o Mundo Inferior. Há também a possibilidade de retornos surpresa, como a sobrevivência de Noard ou a redenção (ou queda definitiva) de Fu. Além disso, a conexão entre os instrumentos Watchman e a verdadeira natureza da Esfera pode revelar que alguns Raiders têm ligações mais profundas com o conflito principal do que imaginamos.
A narrativa de Gachiakuta constrói os Raiders não como meros antagonistas, mas como espelhos quebrados de suas próprias tragédias. Cada membro carrega cicatrizes que os moldaram — desde a dependência patológica de Fu até a obsessão científica de Zodil — e é justamente essa humanidade distorcida que os torna tão fascinantes. Eles não lutam por poder convencional, mas por preencher vazios existenciais, seja através de lealdade cega, sede de conhecimento ou pura destruição.
A relação entre os Raiders e os Cleaners vai além de uma simples rivalidade. É um conflito de filosofias: de um lado, aqueles que abraçaram suas feridas como armas; do outro, os que buscam reparar o mundo que os rejeitou. Personagens como Fu e Bundis personificam essa dualidade, mostrando que a linha entre herói e vilão é tênue e sujeita a reinterpretações. Suas escolhas sugerem que redenção — ou condenação — é uma jornada contínua, não um destino fixo.
Zodil emerge como o epicentro desse caos moral. Sua busca para “derrubar o céu” não é apenas vingança, mas um experimento grotesco para entender se algo — ou alguém — merece sobreviver. A maneira como ele manipula os Raiders, transformando traumas individuais em ferramentas coletivas, levanta questões perturbadoras sobre livre-arbítrio. Será que Jabber, Mimoa ou Noard teriam sido diferentes em outro contexto? Ou suas dores os destinavam a essa espiral de violência?
O simbolismo dos Instrumentos Vitais reforça essa complexidade. Eles não são apenas armas, mas extensões das psiques de seus usuários: Hit representa a autoaversão de Fu, Hands encapsula a identidade fragmentada de Bundis, e o pente de Noard é um lembrete de que até a beleza pode ser eletrocutante. Esses objetos questionam se o poder concedido pela tragédia é um dom ou uma maldição autoimposta.
O futuro dos Raiders permanece incerto, mas seu legado já está entrelaçado ao cerne de Gachiakuta. Seja através de alianças frágeis, traições ou sacrifícios, eles forçam os protagonistas — e os leitores — a confrontarem verdades desconfortáveis. Afinal, em um mundo onde o lixo do céu esmaga os sonhos dos que estão no chão, quem pode julgar os métodos daqueles que decidem revidar? A obra não oferece respostas fáceis, apenas reflexões tão afiadas quanto as garras de Jabber.
Os Raiders servem como um aviso narrativo: nenhum trauma é inteiramente único, e nenhuma ambição é totalmente isolada. Suas histórias ecoam a promessa de que, mesmo nas profundezas do Mundo Inferior, há luzes — ou talvez apenas relâmpagos — capazes de iluminar as sombras mais densas. O que Rudo e os Cleaners farão com essa luz, e como os Raiders continuarão a distorcê-la, é um convite para continuarmos assistindo, analisando e debatendo.