RESUMO de DEATH STRANDING do Início ao Fim: 40 HORAS em 20 MINUTOS

RESUMO de DEATH STRANDING do Início ao Fim: 40 HORAS em 20 MINUTOS

64 visualizações
19 Minuto(s) de Leitura

Death Stranding, obra-prima de Hideo Kojima, é um jogo que desafia convenções com sua narrativa densa e mecânicas únicas. Lançado em 2019, o título mistura elementos de ficção científica, espiritualidade e uma crítica social profunda, criando um universo repleto de mistérios e conceitos complexos. Se você está se preparando para Death Stranding 2: On The Beach — um dos lançamentos mais aguardados de 2025 — ou simplesmente quer relembrar os detalhes da história, este artigo é para você.

Aqui, vamos desvendar os principais elementos do enredo, desde a dualidade de Bridget e Amelie até o papel crucial dos BBs (Bridge Babies) e o impacto do Death Stranding no mundo do jogo. Se você já jogou e ficou com dúvidas ou está começando agora, acompanhe este guia detalhado para não perder nenhum detalhe essencial.

RESUMO de DEATH STRANDING do Início ao Fim: 40 HORAS em 20 MINUTOS
RESUMO de DEATH STRANDING do Início ao Fim: 40 HORAS em 20 MINUTOS 8

Início da História de Death Stranding

O início de Death Stranding nos apresenta a um mundo devastado por eventos sobrenaturais conhecidos como Voidouts, explosões catastróficas causadas pelo contato entre humanos e entidades do mundo dos mortos. A sociedade como a conhecemos entrou em colapso, com os sobreviventes vivendo em bunkers isolados, temendo qualquer contato com o exterior. Nesse cenário pós-apocalíptico, os portadores se tornam figuras essenciais, arriscando suas vidas para transportar suprimentos e manter frágeis conexões entre as últimas cidades habitadas.

Sam Bridges surge como um desses portadores, um homem marcado pelo trauma e pela culpa, que prefere trabalhar sozinho, evitando contato humano sempre que possível. Sua afefobia – medo de ser tocado – não é apenas uma característica pessoal, mas um reflexo do mundo que agora habita, onde o contato físico pode ser mortal. A narrativa começa de forma enigmática, com Sam aceitando uma missão aparentemente rotineira de transporte de mercadorias, sem imaginar que isso o colocará no centro de eventos que podem decidir o futuro da humanidade.

O primeiro momento crucial ocorre quando Sam se vê envolvido em um ataque de EPs (Entidades Praianas) durante uma entrega. A sequência é caótica e reveladora, mostrando ao jogador os horrores dos Voidouts em primeira mão. Sobrevivendo milagrosamente, Sam descobre que está carregando um BB – um Bridge Baby – dispositivo essencial para detectar as ameaças invisíveis que agora assombram o mundo. Esse encontro inicial com o BB-28, que mais tarde será chamado de Lou, estabelece uma conexão emocional que se tornará o coração da narrativa.

Após o ataque, Sam é levado para a sede da Bridges, a organização que tenta reconstruir os Estados Unidos fragmentados. Lá, ele recebe a notícia de que Bridget Strand, a última presidente, está morrendo e deseja vê-lo. Esse encontro é carregado de tensão e mistério, com Bridget revelando apenas fragmentos de informações cruciais antes de falecer. Sua morte desencadeia uma série de eventos que forçam Sam a enfrentar seu passado e aceitar uma missão que vai muito além de simples entregas – ele deve atravessar o país para conectar as cidades isoladas à rede quiral e resgatar Amelie, a filha de Bridget, mantida refém por um grupo separatista.

O início da jornada de Sam é marcado por relutância e desconfiança. Ele não quer ser um herói, apenas sobreviver em um mundo que já lhe tirou tudo. No entanto, conforme avança em sua missão, começam a surgir visões perturbadoras – memórias fragmentadas de um soldado desconhecido e sonhos recorrentes com uma praia deserta, onde uma mulher misteriosa o observa à distância. Esses elementos criam uma atmosfera de mistério que envolve o jogador, incentivando-o a desvendar os segredos por trás do Death Stranding e do próprio passado de Sam.

A primeira grande virada na narrativa ocorre quando Sam descobre que os BBs não são meros equipamentos, mas fetos retirados de mães com morte cerebral, mantidos em estado suspenso entre a vida e a morte. Essa revelação chocante coloca em questão todas as ações da Bridges e força Sam a confrontar seus próprios traumas familiares, especialmente relacionados à perda de sua esposa grávida, Lucy, em um incidente similar anos antes. A partir desse ponto, o jogo deixa claro que nada é o que parece, e que cada entrega, cada conexão estabelecida, traz consigo consequências imprevisíveis para o frágil equilíbrio entre os mundos dos vivos e dos mortos.

RESUMO de DEATH STRANDING do Início ao Fim: 40 HORAS em 20 MINUTOS
RESUMO de DEATH STRANDING do Início ao Fim: 40 HORAS em 20 MINUTOS 9

Death Stranding: Explorando os Personagens e Seus Papéis na Trama

Agora que já introduzimos o universo complexo de Death Stranding, vamos nos aprofundar nos personagens centrais que moldam a narrativa e suas conexões com os temas do jogo. Cada figura traz camadas de significado, refletindo dilemas como isolamento, redenção e a natureza da conexão humana.

Sam Bridges: O Portador da Esperança e da Dor

Sam Bridges, protagonista e “portador” (delivery man), é muito mais que um simples mensageiro. Sua jornada é marcada por:

  • Traumas profundos: A perda da esposa, Lucy, em um Voidout, e o abandono de sua filha não nascida, Louise, o tornam um personagem repleto de culpa e resistência ao contato humano (afefobia).
  • Habilidades únicas: Como repatriado, Sam pode voltar à vida após a morte, uma condição ligada ao Death Stranding. Seu sangue também repele EPs, tornando-o crucial para a sobrevivência da humanidade.
  • Relação com Lou (BB-28): O vínculo emocional com o Bridge Baby é o coração da narrativa, simbolizando sua chance de redenção e reconexão com a paternidade.

(Diga “continue” para explorarmos Amelie/Bridget, os antagonistas ou o significado dos BBs!)

Bridget e Amelie: A Dualidade da Extinção

Uma das revelações mais impactantes do jogo é que Bridget Strand, a última presidente dos EUA, e Amelie, sua “filha”, são a mesma entidade:

  • Bridget (corpo): Envelhece normalmente e luta contra um câncer terminal, enquanto governa os fragmentos da América pós-Stranding.
  • Amelie (alma): Presa na Praia, mantém aparência jovem e é revelada como uma Entidade de Extinção, destinada a decidir o futuro da humanidade.
  • O conflito: Amelie oscila entre acelerar a extinção (como “piedade”) ou permitir que a vida continue, colocando Sam no centro dessa escolha.

Os Antagonistas: Higgs e os Dilemas do Poder

  • Higgs: Manipulador e carismático, ele age como “vilão” ao sequestrar Amelie, mas sua obsessão pelo fim do mundo reflete um desejo de libertar a humanidade do sofrimento — um paralelo com Amelie.
  • Cliff Unger (pai de Sam): Suas aparições como EP revelam uma tragédia familiar e a exploração dos BBs pela Bridges, adicionando camadas emocionais à trama.
RESUMO de DEATH STRANDING do Início ao Fim: 40 HORAS em 20 MINUTOS
RESUMO de DEATH STRANDING do Início ao Fim: 40 HORAS em 20 MINUTOS 10

A Ciência e a Simbologia por Trás dos Conceitos de Death Stranding

Agora que já exploramos os personagens principais, vamos nos aprofundar nos conceitos científicos e filosóficos que tornam Death Stranding uma experiência única. O jogo mistura teorias da física quântica, mitologia e reflexões sobre a condição humana, criando uma narrativa que vai além do entretenimento.

RESUMO de DEATH STRANDING do Início ao Fim: 40 HORAS em 20 MINUTOS
RESUMO de DEATH STRANDING do Início ao Fim: 40 HORAS em 20 MINUTOS 11

1. Os Bridge Babies (BBs): A Conexão Entre Vida e Morte

Os BBs são fetos retirados de mulheres com morte cerebral e mantidos em cápsulas especiais que suspendem seu desenvolvimento. Mas por que eles são tão importantes?

  • Conexão com a Praia: Por ainda não terem nascido, os BBs existem em um limiar entre a vida e a morte, permitindo que detectem Entidades Praianas (EPs).
  • Uso como ferramenta: Inicialmente vistos como dispositivos, os BBs são essenciais para evitar Voidouts, mas seu uso levanta questões éticas — muitos são descartados após o “prazo de validade”.
  • Lou e o simbolismo da redenção: A relação de Sam com o BB-28 (Lou) vai além do utilitarismo, representando sua segunda chance como pai e a cura de seus traumas.

2. A Praia: O Limiar Entre os Mundos

Praia não é um lugar físico, mas uma dimensão liminar onde as almas transitam antes da morte definitiva. Cada pessoa tem sua própria Praia, moldada por suas memórias e emoções.

  • Função narrativa: Serve como palco para revelações cruciais, como os encontros entre Sam e Amelie.
  • Simbologia: Representa o inconsciente coletivo, o purgatório e a fronteira entre escolhas — como a de Amelie entre destruir ou salvar a humanidade.
  • Conexão com DOOMs: Pessoas com altos níveis de DOOMs (como Fragile) podem manipular a Praia, evidenciando seu vínculo com o sobrenatural.

3. DOOMs: A Maldição e o Poder da Percepção

DOOMs não são apenas uma “doença”, mas uma adaptação evolutiva forçada pelo Death Stranding.

  • Níveis de sensibilidade:
    • Nível 1 (Sam): Percepção de EPs.
    • Nível 5 (Higgs): Controle quase total sobre a Praia.
  • Origem: Bridget compartilhou seus pesadelos apocalípticos com certas pessoas, “infectando-as” com visões do fim.
  • Conflito ético: Será que DOOMs são uma maldição ou uma ferramenta para salvar a humanidade?
RESUMO de DEATH STRANDING do Início ao Fim: 40 HORAS em 20 MINUTOS
RESUMO de DEATH STRANDING do Início ao Fim: 40 HORAS em 20 MINUTOS 12

4. Voidouts: As Explosões que Moldaram o Mundo

Os Voidouts são catastróficos porque representam o choque entre matéria e anti-matéria quando um EP toca um humano.

  • O primeiro Voidout: Ocorreu quando um médico tocou no cordão umbilical de um BB, revelando a conexão entre fetos e o mundo espiritual.
  • Impacto na sociedade: Cidades inteiras foram destruídas, forçando os sobreviventes a viverem isolados e dependentes de portadores como Sam.

A Rede Quiral e a Filosofia por Trás de Death Stranding

A Rede Quiral: Reconectando um Mundo Dividido

No coração de Death Stranding está a rede quiral – um sistema revolucionário que permite a comunicação entre cidades isoladas em um mundo pós-apocalíptico. Mas o que exatamente é essa tecnologia?

  • Tecnologia baseada na Praia: A rede quiral funciona usando a Praia como meio de transmissão, criando uma “internet espiritual” que ultrapassa as limitações físicas
  • O preço do progresso: Sua criação exigiu sacrifícios terríveis, incluindo o uso de BBs como componentes essenciais
  • Paradoxo central: A mesma tecnologia que une as pessoas também é a que pode acelerar a extinção humana, quando controlada por Amelie
RESUMO de DEATH STRANDING do Início ao Fim: 40 HORAS em 20 MINUTOS
RESUMO de DEATH STRANDING do Início ao Fim: 40 HORAS em 20 MINUTOS 13

As Influências Filosóficas na Visão de Kojima

Death Stranding é profundamente influenciado por conceitos filosóficos que dão camadas extras de significado à narrativa:

  • Existencialismo: A luta de Sam para encontrar propósito em um mundo à beira do colapso
  • Fenomenologia: A ênfase na experiência subjetiva do jogador ao transportar cargas e conectar pessoas
  • Budismo: O ciclo de morte e renascimento representado pelos repatriados
  • Teoria da Comunicação: Como as conexões humanas transcendem até mesmo a morte

Preparando-se para Death Stranding 2: On The Beach

Com o lançamento previsto para 2025, o que podemos esperar da sequência?

  • Novos mistérios: A praia agora parece estar “encolhendo”, alterando o equilíbrio entre vida e morte
  • Personagens icônicos retornando: Fragile e Sam continuam suas jornadas em um mundo ainda mais perigoso
  • Gameplay revolucionário: Novos sistemas de conexão e mecânicas de sobrevivência prometem evoluir a fórmula original
RESUMO de DEATH STRANDING do Início ao Fim: 40 HORAS em 20 MINUTOS
RESUMO de DEATH STRANDING do Início ao Fim: 40 HORAS em 20 MINUTOS 14

O Fim de DEATH STRANDING

O desfecho de Death Stranding culmina em uma revelação devastadora: Amelie, que Sam sempre considerou como uma figura protetora, é na verdade a principal responsável pelo Death Stranding e planeja acelerar a extinção da humanidade. Essa verdade vem à tona quando Sam finalmente alcança sua praia, um limiar entre a vida e a morte, onde Amelie confessa seu papel como Entidade de Extinção. Ela argumenta que está poupando a humanidade de um sofrimento prolongado, oferecendo um fim rápido e indolor, um ato que considera de misericórdia.

Sam, no entanto, recusa essa visão fatalista e trava uma batalha emocional para convencer Amelie a dar à humanidade outra chance. Essa luta não é física, mas sim uma prova de vontades, onde Sam apela para os laços que os unem e para as memórias compartilhadas. A cena é carregada de simbolismo, com a praia começando a desintegrar enquanto Amelie oscila entre seu dever como Entidade de Extinção e seu afeto genuíno por Sam. Finalmente, ela cede, adiando o inevitável e permitindo que a vida continue seu curso natural.

Enquanto o mundo dos vivos começa a se recuperar, Sam enfrenta uma última crise pessoal com Lou, o BB-28 que o acompanhou em toda sua jornada. O dispositivo que mantinha Lou está falhando, e os médicos acreditam que não há esperança. Em um ato desesperado de amor, Sam remove Lou da cápsula, arriscando causar um Voidout, mas determinado a dar à criança uma chance de vida real. A sequência é angustiante, com Sam realizando manobras de ressuscitação enquanto flashes de seu passado e visões de Cliff, seu verdadeiro pai, se misturam em sua mente.

O milagre ocorre quando Lou finalmente respira por conta própria, um momento triunfante que contrasta com toda a escuridão que permeou a narrativa. A revelação final de que Lou segura o colar que Sam deu a Amelie anos antes sugere uma intervenção divina ou talvez um último ato de bondade de Amelie, agora isolada para sempre em sua praia. Esse gesto fecha o círculo emocional da história, transformando Lou de um simples dispositivo em uma verdadeira filha para Sam.

O epílogo mostra um mundo em lenta recuperação, com Die-Hardman assumindo a presidência e a rede quiral funcionando como planejado. Sam, no entanto, escolhe permanecer à margem dessa nova sociedade, vivendo com Lou em relativo isolamento. Essa escolha reflete seu crescimento pessoal – ele superou sua afefobia o suficiente para abraçar Lou, mas mantém sua natureza de andarilho. A última cena dos dois de mãos dadas, observando o horizonte, deixa claro que embora o Death Stranding tenha terminado, suas consequências e lições permanecerão.

Num nível mais profundo, o final sugere que a verdadeira conexão humana transcende até mesmo os eventos apocalípticos. Enquanto Amelie permanece sozinha em sua praia, condenada a observar o mundo que não pode mais tocar, Sam e Lou representam a persistência da vida e dos laços afetivos. A narrativa chega ao fim não com respostas definitivas, mas com a sugestão de que tanto a vida quanto a morte são ciclos naturais que devem seguir seu curso, sem intervenções divinas ou atalhos existenciais.

O fechamento da história também resolve o mistério das visões de Sam com Cliff Unger, revelando não apenas que ele era o pai biológico de Sam, mas também uma vítima do mesmo sistema que explorou Lou. A redenção de Cliff ocorre no plano espiritual, quando ele finalmente reconhece Sam como filho e o libera para seguir seu próprio caminho. Essa resolução familiar adiciona uma camada extra de significado ao ato final de Sam com Lou, mostrando como o ciclo de trauma pode ser quebrado através do amor e da aceitação.

Curiosamente, o jogo termina sem explicar completamente a natureza dos EPs bebês que aparecem ao redor de Sam e Lou no momento final. Essa ambiguidade proposital deixa espaço para interpretações – seriam almas de BBs sacrificados, espíritos guias, ou simplesmente uma representação visual da conexão entre vida e morte que permeia todo o jogo? Kojima opta por não fornecer respostas fáceis, mantendo o mistério que define a essência de Death Stranding.

A conclusão da narrativa satisfaz não por resolver todos os enigmas, mas por fechar os arcos emocionais de maneira significativa. Sam encontra a redenção que nunca soube que precisava, não como o salvador da humanidade, mas como pai para Lou. Amelie cumpre seu destino, mas de uma forma que permite à humanidade continuar. E o mundo, embora marcado para sempre pelos eventos do Death Stranding, encontra uma nova chance de recomeçar. Essa combinação de resolução pessoal e ambiguidade cósmica é o que torna o final tão memorável e aberto a múltiplas interpretações.

Compartilhe este conteúdo
Nenhum comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *