The Last of Us Part II Remastered PC Atualização v1.3 – Análise Completa

45 visualizações
12 Minuto(s) de Leitura

 

The Last of Us Part II Remastered PC Atualização v1.3 - Análise Completa

Quando The Last of Us Part II chegou ao PC em sua versão Remastered, trouxe consigo a intensidade emocional da narrativa da Naughty Dog, mas também alguns problemas técnicos que frustraram parte dos jogadores. Agora, com o Patch 1.3, muitas das reclamações mais persistentes foram finalmente resolvidas – mas será que isso basta para transformar a experiência no PC em definitivo?

O Sangue (Finalmente) Escorre Como Deveria

Um dos detalhes mais imersivos em The Last of Us Part II sempre foi a violência crua e realista. No entanto, no lançamento para PC, muitos jogadores notaram que o efeito de sangue dinâmico simplesmente desaparecia em certas situações, especialmente durante movimentos rápidos ou com upscaling ativado. O Patch 1.3 corrigiu isso, garantindo que cada ferida, cada tiro e cada golpe corpo a corpo deixem sua marca visível.

Mas será que isso é suficiente? Alguns fãs argumentam que, enquanto o sangue agora funciona como esperado, outros efeitos de física ainda poderiam ser aprimorados – como a interação de corpos com o ambiente. Será que a Naughty Dog ainda tem ajustes a fazer nesse aspecto?

DualSense no PC: Agora Vale a Pena?

Um dos grandes atrativos da versão Remastered no PC era a promessa de suporte completo ao controle DualSense, incluindo os gatilhos adaptativos e feedback háptico. No entanto, muitos jogadores relataram problemas de responsividade e desconexões aleatórias após longas sessões.

Com o Patch 1.3, a situação melhorou significativamente:

Os gatilhos adaptativos agora funcionam corretamente via Steam Input.

O controle não perde mais funcionalidade com o tempo.

Mas ainda há quem questione: por que demorou tanto para esses ajustes serem implementados? E será que outros controles, como os da Xbox ou periféricos de terceiros, receberão o mesmo nível de atenção?

O Problema das Cutscenes Ultrawide

Quem joga em monitores 21:9 sabe que, muitas vezes, os jogos não são totalmente otimizados para esse formato. The Last of Us Part II não era exceção, com problemas de animação e iluminação em várias cutscenes.

O Patch 1.3 trouxe correções, mas alguns jogadores ainda relatam pequenos bugs visuais. Será que a Naughty Dog vai continuar refinando isso, ou a experiência ultrawide sempre será um “quase lá”?

PATCH NOTES:

Notas de Atualização do Patch 1.3 – v1.3.10430.0406
O efeito dinâmico de gotejamento de sangue agora é visível em partes do corpo ao sofrer tiros ou ataques corpo a corpo.
Corrigido um bug que fazia os efeitos de respingos de sangue na tela desaparecerem brevemente ao mover a câmera rapidamente ou desviar, quando o upscaling estava ativado.
Resolvida uma falha que ocorria para alguns jogadores ao executar uma virada rápida após concluir uma interação.
Corrigido um problema que podia tornar os controles PlayStation DualSense menos responsivos e perder funcionalidade ao longo do tempo quando usando Steam Input.
Os gatilhos adaptativos agora funcionam corretamente ao usar um controle PlayStation DualSense com Steam Input ativado.
Solucionado um bug que causava ruído e cintilação ao rotacionar a câmera enquanto mirava com rifles de precisão com upscaling ativado.
Corrigido um erro que fazia o Status da Steam exibir “No Menu Principal” durante o modo No Return.
Resolvido um problema que causava ghosting (efeito fantasma) ao usar FSR Frame Generation em resoluções abaixo da nativa da tela.
Corrigido um bug visual que fazia a iluminação em seções subaquáticas escuras aparecer pixelizada com upscaling e motion blur ativados.
Resolvido um bug raro que fazia alguns jogadores caírem dos limites do mapa enquanto cavalgavam por Seattle.
Diversas correções de bugs visuais relacionados a animações e iluminação em cutscenes no formato ultrawide.
Várias correções de falhas e melhorias de estabilidade.

A Evolução dos Patches: O Que a Naughty Dog Aprendeu com o PC?

O lançamento de The Last of Us Part II Remastered no PC não foi tão conturbado quanto o de seu antecessor, The Last of Us Part I, mas ainda assim enfrentou críticas por problemas de desempenho, bugs visuais e incompatibilidades com hardware específico. Desde então, a Naughty Dog, em parceria com a Nixxes, vem lançando uma série de patches que não apenas corrigem falhas, mas também revelam um aprendizado valioso sobre o desenvolvimento para a plataforma PC – um território que a Sony está explorando cada vez mais com seus ports de exclusivos.

O Patch 1.3 é um marco nessa jornada, pois mostra que a equipe está priorizando não apenas estabilidade básica, mas também refinamentos que afetam diretamente a imersão. Correções como o efeito de sangue dinâmico e a melhoria nos controles DualSense indicam que a Naughty Dog está ouvindo atentamente o feedback da comunidade, algo que nem sempre foi uma prioridade nos primeiros ports da Sony para PC. Comparado ao desastroso lançamento de The Last of Us Part I, que demorou meses para se tornar jogável, Part II já chega em um estado muito mais polido – mas ainda assim, a trajetória dos patches revela desafios recorrentes.

Um dos principais aprendizados parece ser a complexidade do ecossistema de hardware PC. Enquanto no console a uniformidade de especificações facilita a otimização, no PC a variedade de GPUs, CPUs e configurações de drivers exige um esforço muito maior para garantir compatibilidade. Problemas como stuttering em placas da AMD, crashes em sistemas com menos de 16GB de RAM e bugs específicos em resoluções ultrawide mostram que a Naughty Dog ainda está se adaptando a essa realidade. O fato de patches recentes focarem em problemas tão específicos (como ghosting em FSR ou flickering em miras de sniper) sugere que a equipe está agora lidando com camadas mais profundas de otimização – algo que não era visível nos primeiros updates.

Outro ponto interessante é a abordagem escalonada das correções. Os primeiros patches focaram em crashes graves e desempenho básico, enquanto atualizações mais recentes, como o 1.3, tratam de refinamentos de jogabilidade e gráficos. Isso indica um amadurecimento no processo: em vez de tentar corrigir tudo de uma vez (o que muitas vezes gera novos bugs), a Naughty Dog está priorizando problemas de forma estratégica. Essa metodologia, comum em desenvolvedoras experientes no PC como CD Projekt Red (após o fiasco de Cyberpunk 2077), sugere que a Sony está levando a plataforma mais a sério.

No entanto, algumas lições parecem ainda não ter sido totalmente aprendidas. A falta de suporte robusto a mods, por exemplo, continua sendo uma decepção para a comunidade PC, especialmente considerando o potencial de The Last of Us Part II para mods de texturas, modelos e até mecânicas. Enquanto jogos como Skyrim ou Resident Evil 4 Remake abraçam a cultura modder, a Naughty Dog mantém uma postura conservadora – talvez por preocupações com preservação artística ou simplesmente por falta de familiaridade com o cenário.

O tempo de resposta aos problemas também ainda é lento se comparado a outras desenvolvedoras de PC. Enquanto empresas como Larian Studios (Baldur’s Gate 3) ou Capcom (Monster Hunter) lançam hotfixes em questão de dias, a Naughty Dog leva semanas para ajustes críticos. Isso pode refletir diferenças na estrutura interna: como a equipe principal está focada em novos projetos (como o multiplayer cancelado de TLOU), os ports para PC podem estar sendo tratados como prioridade secundária.

Por outro lado, a colaboração com a Nixxes (especialista em ports para PC) parece estar rendendo frutos. A inclusão de tecnologias como DLSS, FSR e suporte a ultrawide desde o lançamento mostra um avanço em relação a Part I, que inicialmente carecia desses recursos. O fato de o Patch 1.3 ter focado em melhorias para controles DualSense e upscaling também indica uma preocupação em atender nichos específicos do público PC – algo impensável nos primeiros ports da Sony.

Um dos maiores desafios que persistem é a gestão de expectativas. A comunidade PC é conhecida por sua exigência técnica, e enquanto alguns jogadores elogiam os avanços, outros criticam a demora para corrigir problemas que deveriam ter sido resolvidos antes do lançamento. A Naughty Dog está caminhando na direção certa, mas ainda falta agilidade – especialmente considerando o preço premium cobrado por esses ports.

Se a Sony quer consolidar sua presença no mercado PC, precisará não apenas corrigir bugs, mas antecipá-los, investir em suporte pós-lançamento rápido e, quem sabe, abraçar de vez a cultura de mods.

Enquanto isso, The Last of Us Part II Remastered no PC serve como um estudo de caso fascinante: um jogo tecnicamente ambicioso, que aos poucos está se tornando a versão definitiva – mas cujo caminho até lá revela tanto as oportunidades quanto as armadilhas de se aventurar no mundo PC.

Vale a Pena Jogar Agora?

O Patch 1.3 sem dúvida melhorou muito a experiência no PC, resolvendo crashes, problemas de controle e bugs visuais irritantes. Mas ainda há espaço para mais refinamentos – especialmente em performance para hardware menos potente e suporte a mods.

Se você estava esperando uma versão mais estável para jogar, agora é um bom momento. Mas se você espera uma experiência totalmente polida e customizável, talvez ainda valha a pena esperar um pouco mais.

E você, já jogou após o patch? Acha que a Naughty Dog ainda tem trabalho pela frente, ou o jogo já está no seu melhor? Deixe sua opinião nos comentários!

Compartilhe este conteúdo
Nenhum comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *